Sting aguarda show com tranquilidade

Cantor, o primeiro a chegar para a 3ª edição do rock in rio, já dançou na mangueira, fez ioga no quarto do hotel e encontrou amigos e diz estar tranqüilo

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Por Agencia Estado
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No Rio desde pouco antes do réveillon, o cantor inglês Gordon Matthew Sumner, o Sting, já sambou na Mangueira, fez muita ioga no quarto do hotel e confraterniza-se com amigos brasileiros que não via há muito tempo. "A última vez que sambei foi há dez anos, aqui", afirmou o cantor em entrevista por telefone, do quarto do hotel no Rio. Ele diz estar tranquilo com a possibilidade de tocar para cerca de 200 mil pessoas na abertura do Rock in Rio, na sexta. "Não estou com medo", acentua. "Farei o show com o qual já estou excursionando há 18 meses e estou bastante ansioso, mas tranqüilo, porque estou acostumado a grandes platéias", explicou o cantor, de 49 anos. Sting diz ter comemorado a indicação para o Grammy de melhor interpretação pop masculina pela música She Walks This Earth (Soberana Rosa), de Ivan Lins, que gravou no álbum-tributo ao cantor, A Love Affair - The Music of Ivan Lins (Telarc Records). "Ivan é um compositor excepcional, e merece a distinção", disse Sting, que ganhou dois prêmios Grammy no ano passado pelo disco Brand New Day, ambos na categoria música pop. Sting concorre com os cantores Marc Anthony, Ricky Martin, Don Henley e Brian McNight. "São todos meus amigos e os respeito muito", observou. Mas até Ricky Martin? "Adoro o Ricky, é um garoto muito legal, e é o responsável pela criação de um novo interesse pela música latina nos Estados Unidos", ponderou. "Só não sei dizer se a música dele efetivamente representa a música latina, porque não conheço tanto assim a música latina." O cantor também comentou o lançamento recente de uma curiosa biografia sua (autorizada) na Inglaterra, A Sting in the Tale (Mirage Publishers). Escrita por um velho colega dos tempos de ginásio, Jim Berryman, a biografia conta histórias divertidas da vida de Sting, como uma passagem na qual ele - ainda garoto - perguntou ao padre da escola católica se o Diabo tinha pênis. "Está no livro?", divertiu-se. "Não me lembro." O fato é que Sting deu a incumbência a Berryman de escrever sua biografia com duas intenções: a primeira foi ajudar Berryman, um sujeito que o faz rir desde garoto e é, naquela definição norte-americana, um perdedor clássico. "Vivia emprestando dinheiro a ele", conta Sting. Um dia, lendo uma das cartas engraçadas de Berryman tentando convencê-lo a lhe emprestar mais dinheiro, Sting propôs ao amigo escrever um livro sobre suas aventuras dos tempos de escola. Berryman topou a parada. "Bem, havia já dois outros livros publicados descrevendo minha história", conta Sting. "Eles não traduziam bem os fatos e apoiavam-se em grande parte em histórias especulativas publicadas nos jornais", argumenta. O livro de Berryman é centrado na amizade entre os dois e no período em que conviveram na escola St. Cuthbert. Separaram-se quando Sting foi para a universidade. O cantor também afirmou não estar pensando ainda num novo disco. "Estarei em turnê até junho", justificou. "Não estou nem pensando nem compondo." Brand New Day, o multiplatinado disco da turnê, tem participações de Cheb Mami, Stevie Wonder, James Taylor e da cantora de rap francesa Sté, entre outros. A atual turnê de Brand New Day foi aberta em grande estilo nos Estados Unidos, tendo como artista de abertura ninguém menos que a canadense k.d.lang. "Ela é uma cantora fantástica, e eu adoro seu disco, Invincible Summer", afirma.

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