
12 Maio 2017 | 07h30
Kerry King é costumeiramente o compositor das músicas do Slayer, uma das quatro grandes bandas de thrash metal da atualidade, ao lado de Metallica, Megadeth e Anthrax. No estúdio, ele tinha o auxílio de Jeff Hanneman, outro guitarrista da banda, a quem King creditava ser o filtro de suas criações. Hanneman ouvia o material e o ajudava a escolher o melhor existente ali.
Desde 2011, o guitarrista deixou a banda para cuidar da saúde e, dois anos mais tarde, morreu de problemas renais, causados pelo excessivo consumo de álcool.
Quando chegou ao estúdio para gravar Repentless, o mais recente disco de estúdio do Slayer, lançado em 2015, King sentiu o vazio causado pela ausência do amigo. “Foi difícil não ter mais o Jeff Hanneman por perto”, contou ele.
O Slayer seguiu em frente, contudo, como o antigo integrante teria preferido. Convocaram Gary Holt, integrante da banda Exodus, para assumir a segunda guitarra e manter as datas das turnês já marcadas.
Neste sábado, 13, a banda se apresenta no festival dedicado ao rock pesado Maximus, no Autódromo de Interlagos. Depois, eles seguem para o Primavera Sound, festival espanhol de música indie.
A presença no evento catalão desse porte atesta a transformação pela qual passou o Slayer nos últimos anos. Estouraram a bolha do thrash e, tal qual o Metallica, embora em uma proporção menor, atingem um público maior e curioso.
Em papo por telefone, quando ainda estava na Califórnia, dias antes da turnê, King falou sobre o retorno ao Brasil, as gravações do novo disco e a perda do companheiro de banda. Confira:
Você está prestes a entrar em turnê com o Slayer. Como são esses últimos dias antes de deixar sua casa e ficar distante?
Estou ansioso para começar logo. Mas também estou tentando deixar meu pescoço em forma para ser capaz de balançar a cabeça com força nos shows.
Neste ano, o Slayer foi escalado para tocar em um festival prioritariamente indie, o Primavera Sound, em Barcelona. O que isso significa para uma banda de thrash metal?
Estamos na estrada tempo suficiente. Acho que a nossa presença em festivais como esses ajuda a diversificar o público. Em festivais, a gente acaba vendo o que gosta e o que não gosta. Aceitamos porque o público espanhol é ótimo.
Há dois anos, vocês lançaram Repentless. Da formação original, só restaram você e Tom Araya (baixo e voz). Foi como começar de novo?
Isso que é esquisito. Porque as coisas ainda estavam muito iguais. Havia criado essas músicas há muito tempo. O que fez diferença foi a ausência de Jeff Hanneman. Foi difícil não ter ele por perto. Ele sempre foi responsável por reunir as melhores ideias, aquelas que ligavam uma coisa na outra.
MAXIMUS 2017
Autódromo de Interlagos.
Av. Sen. Teotônio Vilela, 261,
Interlagos. Sáb. (13), a
partir das 12h. R$ 480 a R$ 800.
PROGRAMAÇÃO
Maximus Stage
Linkin Park
21h
Slayer
18h20
Rob Zombie
16h10
Böhse Onkelz
14h40
Red Fang
13h25
Palco Rockatansky
Prophets of Rage
19h35
Five Finger Death Punch
17h15
Ghost
15h25
Hatebreed
14h
Oitão
12h50
Palco Thunderdome
Rise Against
17h05
Pennywise
15h35
The Flatliners
14h15
Dead Fish
13h
Nem Liminha Ouviu
12h
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