Show em SP comemora os 60 anos do Império Serrano

Wilson Moreira, Nei Lopes e João Borba abrem projeto no Sesc Santana

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Por Agencia Estado
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Se ela pudesse ser personificada, a escola verde e branca do subúrbio de Madureira, no Rio, se transformaria na mais célebre integrante da velha guarda. No próximo dia 23 de março, o Grêmio Recreativo Escola de Samba Império Serrano completará 60 anos e já a partir deste sábado comemora o seu aniversário junto ao público paulistano com o show 60 Anos de Glória, em que se apresentam D. Ivone Lara, Arlindo Cruz e a velha guarda da escola. "Vamos também aproveitar este show para prestar uma homenagem ao mestre Silas de Oliveira, que completaria 90 anos no dia 4 de outubro do ano passado. Infelizmente a data passou batida por grande parte dos meios de comunicação", aponta Zé Luiz, responsável pela velha guarda do Império. Na ocasião será entregue o troféu Silas de Oliveira a personalidades envolvidas com cultura. O presente desta festa é um CD da Velha Guarda Show Império Serrano (R$ 25), que estará à venda no Sesc Pinheiros, onde haverá apresentação tanto no sábado quanto no domingo. O álbum foi gravado graças ao apoio da ONG de São Paulo, Cachuera! por meio de sua associação cultural. Além do CD com a velha guarda do Império, também será lançada em breve uma compilação com a participação dos integrantes da velha guarda da escola paulistana Camisa Verde e Branco. Show No repertório do show comemorativo estão obras clássicas do samba, como Meu Drama e Aquarela Brasileira, de Silas de Oliveira, Alguém Me Avisou, Acreditar e Tendência, de D. Ivone Lara (esta última em parceria com um dos fundadores do grupo Fundo de Quintal, Jorge Aragão), e ´O Show Tem que Continuar", de Arlindo Cruz, Luiz Carlos da Vila e Sombrinha. O encerramento fica por conta do samba-enredo do carnaval de 2007 da Império, cujo enredo é "Ser Diferente É Normal: O Império Serrano Faz a Diferença no Carnaval". Entre os compositores, Arlindo Cruz e João Bosco. Outro grande encontro ocorre a partir de sexta-feira no Sesc Santana. Tem início o projeto Quinta o Samba É Lei, que tem por objetivo resgatar célebres compositores e intérpretes do samba. A abertura em fino estilo conta com a participação dos cariocas Wilson Moreira e Nei Lopes e do paulista João Borba, que mostrarão seus sucessos ao som das batucadas do grupo Quinteto em Branco e Preto. J.C. Botezeli, o Pelão, é quem realiza a direção musical. "Vou mostrar algumas músicas inéditas que eu compus com o Nei (Lopes). Duas delas, inclusive, já foram gravadas pela cantora Ângela Evans, de Minas Gerais", conta Wilson Moreira. O compositor do Realengo lembra do show que realizou no ano passado no Sesc Pompéia em homenagem a outro mestre, Candeia: Moreira apresentou duas canções que fez nos anos 70 em parceria com o autor de "deixe-me ir preciso andar, vou por aí a procurar rir para não chorar" (canção imortalizada na voz de Cartola). "O público adorou e logo decorou o samba." Candeia morava em Jacarepaguá, local que fervia ao longo da madrugada com rodas de samba promovidas por gente do calibre de Clara Nunes, Elizeth Cardoso, Clementina de Jesus, Wilson Moreira, Paulinho da Viola. O compositor paulista João Borba vai se apresentar ao lado do amigo Moreira e mostrar alguns de seus sambas, como Emosamba e Banho de Cultura. Também integra o seu repertório sambas de lenço, uma variante do samba tradicional de São Paulo que guarda traços do jongo e da batucada africana. "O Eduardo Gudin está produzindo um CD em que canto músicas do Jorge Costa. Em maio, ele já deve estar disponível", conta. Quinta o Samba É Lei. Sesc Santana. Av. Luiz Dumont Villares, 579, (11) 6971-8700. Amanhã e sexta, 21 h. De R$ 5 a R$ 15. "60 Anos de Glória". Sesc Pinheiros. R. Paes Leme, 195, (11) 3095- 9400. Sáb. às 21h e dom. às 18 h. De R$ 10 a R$ 20

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