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Série de eventos celebra 100 anos da morte de Verdi

Por Agencia Estado
Atualização:

Novas montagens não são os únicos meios que possibilitarão ao público brasileiro entrar em contato com a obra de Verdi neste ano em que são lembrados os cem anos de sua morte. Exibições de vídeo, transmissões pelo rádio e ópera em versão de concerto também fazem parte da programação. A São Paulo ImagemData, em convênio com as secretarias da Cultura de São Paulo, do Distrito Federal e do Pará, está organizando o Festival Verdi, que, em agosto, marca a reinauguração do Teatro da Paz, em Belém. Serão três óperas, cada uma delas produzida em um dos Estados ou no Distrito Federal, seguindo, então, para o Festival. Em abril, estréia em São Paulo La Traviata, ainda sem elenco definido. Em Brasília, a ópera será Un Ballo in Maschera, com regência de Sílvio Barbato e a participação da soprano brasileira Eliane Coelho. A estréia será em junho. Macbeth deve estrear em agosto na Ópera de Dorseth, Inglaterra. Os cenários e figurinos serão criados na Ópera de Indiana, nos Estados Unidos, por David Higgings e construídos no Pará, seguindo para a Inglaterra onde Gail Gilmore deve interpretar o papel de Lady Macbeth sob a regência de Patrick Shelley, um dos colaboradores no processo de criação de um eixo de ópera que ligue São Paulo, Brasília e Belém. O barítono David Lee, que participou, no ano passado, da primeira edição do Concurso Internacional de Canto Bidu Sayão, deve cantar o papel-título. Macbeth deve chegar a São Paulo apenas no primeiro semestre de 2002. Na temporada dos Patronos do Teatro Municipal de São Paulo estão programadas duas óperas de Verdi. Em agosto, será a vez de La Traviata. A ópera será produzida em parceria com o Teatro Municipal de Santiago, no Chile, que irá emprestar cenários e figurinos. A direção musical está a cargo do argentino, recém-nomeado diretor musical do Teatro Colón, Reinaldo Censabella, que, no ano passado, regeu em São Paulo a ópera Lucia di Lammermoor, também dentro da temporada dos Patronos. No elenco, que será dirigido por Alejandro Chacón, foi confirmada apenas a presença da soprano Patricia Racette, no papel da cortesã Violeta Vallry. Nova montagem de Il Trovatore A segunda ópera programada é uma nova montagem de Il Trovatore, com cenários e figurinos de Enrique Bordolini e Imme Möller. Além da participação do Teatro Municipal de Santiago, também entra como parceiro na produção o Teatro Colón de Buenos Aires. O elenco já está parcialmente definido e contará com a presença da soprano Cynthia Makris, da meio-soprano Larissa Diadkova, do tenor Vladimir Bogachov e do baixo Dimitri Kavrakos. A regência ficará a cargo do maestro György Györivanyi Ráth, ex-diretor da Orquestra Sinfônica de Budapeste, que esteve à frente, no ano passado, de uma nova produção de Macbeth no Colón. O diretor cênico será Oscar Figueroa. A Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo e o Coral Sinfônico do Estado, sob regência de seu diretor artístico e regente titular John Neschling, vai interpretar, em setembro, o Réquiem de Verdi, com um time de solistas que inclui a soprano Norma Fantini, a meio-soprano Luciana D´Intino, o tenor Fábio Sartori e o baixo Carlo Colombara. O barítono Roberto Frontali une-se, também em setembro, à orquestra para um recital de árias de Carlos Gomes e a apresentação, em versão de concerto, do 3.º ato de Macbeth. A Universidade Ibero-Americana promove, ao longo do ano, sempre aos sábados, a apresentação em vídeo de todas as obras do compositor, acompanhadas por palestra do crítico e colaborador do jornal O Estado de S. Paulo Lauro Machado Coelho. A Rádio Cultura irá transmitir ao vivo algumas das novas montagens do Metropolitan de Nova York de óperas como Nabucco, Aida e Il Trovatore. Gravações A Universal, que hoje detém os direitos da Deutsche Grammophon, da Philips e da Decca, é a gravadora que mais lançamentos previu para este ano, em grande parte reedições do acervo de cada selo. É o caso, por exemplo, do baú que está chegando às lojas com as 28 óperas de Verdi gravadas pela Philips. Maestros e músicos integram o time Mas também há novos lançamentos. O maestro italiano Riccardo Chailly rege a primeira gravação mundial da Missa Solene. O inglês John Elliot Gardner, por exemplo, ao lado do baixo-barítono Bryn Terfel, participa de uma nova gravação de Falstaff, utilizando instrumentos de época. O maestro Myung-Whun Chung preparou um programa com raras peças para coral de Verdi. Há novas gravações, ainda, de óperas menos conhecidas de Verdi como Alzira, Aroldo e Jerusalém. Há, também, grande número de cantores que estão lançando discos com árias de Verdi. O tenor Roberto Alagna lançou, pela EMI, a Verdi Heroes, com a Filarmônica de Berlim e Cláudio Abbado. Sua esposa, a soprano Angela Gheorhiu gravou, para a Decca, Verdi Heroines, com a Orquestra Sinfônica de Milão Giuseppe Verdi e o maestro Chailly. À frente da Orquestra Filarmônica de Israel, Zubin Mehta rege Andrea Boccelli em um disco com árias de Verdi. O argentino José Cura, ao lado da Philarmonia Orchestra, interpreta trechos de óperas de Verdi em um disco que ele afirma ser a sua homenagem ao legado do compositor. Uma pequena curiosidade a respeito da gravação: além de cantar, Cura também rege a orquestra. Placido Domingo, além de atuar como cantor e regente em diversas montagens comemorativas pelo mundo, grava uma coletânea de árias para a Deutsche Grammophon.

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