Semana de música étnica movimenta BH

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Por Agencia Estado
Atualização:

Dois grandes eventos de música étnica movimentam Belo Horizonte esta semana. O primeiro, que começa nesta segunda-feira e vai até o dia 27, é o Encontro Internacional de Etnomusicologia, promovido pela Escola de Música e pela Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas (Fafich) da UFMG. O outro evento é o 2º Localiza World Music, que começa na terça e termina dia 29. São eventos radicalmente diferentes. O Encontro Internacional de Etnomusicologia: músicas africanas e indígenas em 500 anos de Brasil tem um caráter acadêmico, voltado às discussões entre estudantes pesquisadores e professores de música, antropologia, letras e educação, além de membros de comunidades indígenas e negras. Inédito, o evento tem programado debates sobre "Rotas das Músicas Africanas e sua Inserção na Cultura Brasileira" e "A Prática Musical das Populações da África Central e "Sons e Rituais Sagrados". Estarão participando do encontro as sociedades indígenas Maxacali, Krenak, Pataxó, Xacriabá, Kaxixós, Aranãs e Pancarurus (Minas Gerais), Kamayurá (do Xingu), Kaxinawá (Acre) e Waiwai (Amazonas), o povo Bassari (Senegal) e as comunidades negras Arturos e Irmandade do Jatobá (Minas Gerais). A programação central do encontro terá quatro mesas-redondas, sete oficinas e uma mostra de filmes, além de exposições e um lançamento de livro (veja a programação abaixo). Todas as atividades serão gratuitas e abertas ao público e estarão espalhadas por diversos espaços da UFMG. World music - No Minascentro, o 2º Localiza World Music vai promover seis noites de música, mas somente com apresentações, sem cunho acadêmico ou de discussão. Segundo a organização, o objetivo do acontecimento é o mesmo da primeira edição, de 1998: "promover o contato entre as diversas culturas e mostrar que as culturas locais resistem, apesar da globalização." As atrações nacionais são Neguinho da Beija-Flor, Renato Teixeira, Tom Zé, Chico Lobo, Lucas Santana, Chico César e Grupo Uakti. Entre os estrangeiros, destacam-se o grupo Dounia (que mistura música oriental a melodias do Mediterrâneo), Joji Hirota, do Japão, e Badenya, africanos de Burkina Faso.

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