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Seeed se apresenta em SP ao lado de Criolo

Grupo de Berlim fará primeira apresentação na América Latina com repertório do álbum homônimo

Por Jotabê Medeiros
Atualização:

Ragga, dancehall, hip-hop, reggae: o som é conhecido, mas a batida é nova, inesperada, com um componente de modernidade exclusivo. Os três vocalistas (Frank Dellé, Demba Nabé e Peter Fox) é que mantêm a conexão com o reggae em alta combustão. "Estive no Brasil em 2009, lançando meu disco solo. Filmei um vídeo no Vidigal, no Rio, e foi uma experiência intensa. Estou ansioso por voltar aí com a banda completa", afirmou por telefone ao Estado o cantor Frank Dellé, que disse não conhecer Criolo ainda. "Ele nos foi indicado por sugestão das pessoas que estão promovendo o show. Foi só aí que nós fomos ver do que se tratava, com os vídeos. E foi uma grande surpresa. O jeito que ele canta, a forma de se comunicar é internacional. Ele é muito intenso, e pronuncia as palavras de um jeito mágico. Não sei definir seu estilo de forma profissional, mas sei que ele é grande", disse Dellé.

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Frank Dellé é alemão, filho de pais africanos de Gana. Entre os 6 anos e os 12 anos, estudou em Gana, onde a cena do reggae é muito forte. "É uma tradição de música muito política, música rebelde. Por outro lado, a música para dançar na Alemanha não tinha tanta popularidade. Nós juntamos as coisas, a mensagem profunda do reggae com as influências europeias", ele diz. "Não é todo mundo que ama o reggae. No começo, o nosso som também não era aceito. Mas dê qualidade às pessoas e você verá que tudo muda."

 

 

 

O Seeed não foi tão seduzido pelas experiências mais frequentes em seu campo dance, como o Massive Attack e o Incognito. "Os nossos instrumentistas, os caras dos metais, alguns deles foram às escolas de música, têm essas influências. É parte do feeling. Mas eu diria que estamos mais para James Brown", afirmou. "Quando começamos, em 1998, era mais reggae, mais Bob Marley, e depois foi incorporando o dub, o eletrônico. Viemos da cena DJ de Berlim, que é musicalmente muito aberta", disse ainda.

"O mais importante é tocar ao vivo. Na verdade, o que nós queremos é que as pessoas vejam o nosso concerto, que aproveitem o conceito de apresentação da música, que envolve dança, iluminação, performance. O primeiro show que eu vi na minha vida foi do Michael Jackson, em 1988. Foi quando eu tive o insight do quanto era importante o ritual de apresentação, de como isso deveria ser orgânico e harmonioso."

Em seu primeiro show na América Latina, o Seeed mostrará seu álbum mais recente e homônimo, Seeed (2012), que começou como um sucesso meio "local", primeiro na Alemanha, Áustria e Suíça, e que se disseminou no último verão europeu pela restante da Europa: França, Bélgica, Holanda, Dinamarca, Suécia, Noruega e Finlândia. Os promotores do show juram que o Seeed também tem um grande público no Brasil, o que os levou a incluir seus sucessos (sempre cantados em alemão e inglês): Dancehall Caballeros, Ding, Dickes B. e Aufstehen.

 

SEEEDAuditório Ibirapuera. Plateia externa. Av. Pedro Álvares Cabral, s/nº, portão 2, Pq. do Ibirapuera. 3629-1075. Sáb., 19 h. Grátis.

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