
22 de fevereiro de 2015 | 03h00
Março será um mês agitado para a banda brasiliense Scalene - no dia 14, os integrantes viajam para Austin, Texas, nos Estados Unidos, a capital mundial da música ao vivo, para participar do South By Southwest (SXSW), um dos festivais de música e negócios mais importantes do mundo. De lá, voltam a São Paulo e ficam até o dia 29, domingo, quando sobem em um dos palcos do Lollapalooza, auge de um processo de ascendência nacional que começou com o álbum Real/Surreal, de 2013. Desde então, foram mais de 20 cidades em “40 e poucos shows”, de acordo com o guitarrista da banda, Tomás Bertoni. “Foi uma ideia arriscada”, diz sobre o disco. Conceitual, Real/Surreal traz 18 faixas em “dois lados”, que representam a dicotomia do título. Mas a repercussão foi boa e a banda notou um crescimento de público show a show, mesmo fora de Brasília, cidade natal e onde moram.
A Scalene surgiu em 2009, quando Tomás e seu irmão, Gustavo (voz e guitarra), se juntaram aos amigos de infância Lucas Furtado (baixo) e Philipe Nogueira (bateria) para fazer música. Eles começaram com covers, mas também com composições próprias, “que não eram muito boas”, como brinca Tomás, e sem grandes pretensões. Deu certo. Três anos depois saiu o EP Cromático e em 2013 o Real/Surreal. O disco bebe de duas fontes principais: o pós-hardcore (uma espécie de porradaria melodiosa de quem já saiu da adolescência) de bandas como o Thrice e o Alexisonfire, citados como referências “espirituais”, inclusive, e uma pegada mais acústica, que vai um pouco no indie brasileiro descendente de Los Hermanos. E faz isso bem.
Para depois da viagem e do Lollapalooza, a banda prepara o lançamento do novo álbum, já em fase final de mixagem e masterização. “Vai ser um disco mais conciso, sem atirar para todos os lados”, diz Tomás, que compõe as canções com o irmão, que em seguida são finalizadas pela banda. As novas músicas “estão relacionadas ao nosso amadurecimento”. Vale continuar prestando atenção.
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