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Sandra e Margareth, disco novo na praça

Dois pesos pesados da música negra brasileira, a baiana Margareth Menezes e a carioca Sandra de Sá acabam de lançar seu primeiro disco ao vivo

Por Agencia Estado
Atualização:

Dois pesos pesados da música negra brasileira, a baiana Margareth Menezes e a carioca Sandra de Sá. Sandra, com 23 anos de carreira e 14 discos, e Margareth, com 6 álbuns em 15 anos. Sandra e Margareth acabam de lançar seu primeiro disco ao vivo, em que se cercaram de amigos e respiram à vontade. Toni Garrido, coincidentemente, participa dos dois. Mais do que reunir antigos sucessos, Tete a Tete Margareth e Música Preta Brasileira são a comprovação de que elas pararam de correr atrás e chegaram junto, como diz Sandra. Disco ao vivo é um formato mais do que desgastado, mas no caso delas referenda um conjunto de procedimentos que preservaram sua personalidade. Elas são essencialmente cantoras de palco, mestras em conduzir a massa. Passar o clima de suas apresentações para o disco é o desafio - em parte vencido. Sandra transita por seus sucessos como Joga Fora e Sozinha, estende a asa sobre ícones do soul de fora (Marvin Gaye e Stevie Wonder) e daqui (Hyldon e Tim Maia), cai no samba de Dona Yvonne Lara, aposta em parcerias inéditas com Gabriel o Pensador e Zé Ricardo e dá de tudo no encontro com Luciana Mello e Alcione em Black Is Beautiful (dos irmãos Valle). Fincada no samba-reggae (não confundir com a execrável axé music de É o Tchan e similares), Margareth também reativa um punhado de hits de verão e dá a volta ao mundo negro com segurança. A ousadia de jogar Carinhoso (Pixinguinha), O Quereres (Caetano Veloso) e Blowin´ in the Wind (Bob Dylan) no mesmo balaio resulta no mínimo estranha. No mais, impera o carnaval que se prevê. De Dandalunda a Faraó, não há sutileza que resista.

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