Saída de Benito Juarez da Sinfônica de Campinas provoca críticas

PUBLICIDADE

Por Agencia Estado
Atualização:

A saída do maestro Benito Juarez, que atuou por mais de 30 anos na Orquestra Sinfônica Municipal de Campinas (OSMC), uma das mais conhecidas do País, provocou críticas no meio artístico e entre a população da cidade. Para o compositor, regente e maestro Júlio Medaglia, "a genialidade e qualidade técnica dos concertos da OSMC eram reflexo da cabeça de Benito". Medaglia acredita que a orquestra não irá acabar com a saída do maestro. "Mas era a mais importante orquestra brasileira", disse utilizando o verbo no passado. Medaglia disse ainda que a OSMC era a "única orquestra que tinha uma ideologia, uma política cultural e sabia que tinha uma função importante na cidade e no Brasil, que ia além de fazer concertos, e isso se deve à cabeça de Benito". Cerca de 80% das ligações recebidas ontem durante o programa da rádio da emissora CBN-Cultura de Campinas, apresentado por Walter Paradella, foram de ouvintes que criticaram a demissão de Juarez. O secretário de Cultura, Esportes e Turismo de Campinas, Jorge Coli, atribuiu a exoneração de Juarez a conflitos agravados nos últimos tempos, entre o maestro e os músicos da orquestra. Na terça-feira, o prefeito de Campinas disse que o ex-regente faz parte do patrimônio cultural e histórico da cidade. Ele também afirmou que Coli não recontratou o maestro porque pretende reformular a orquestra. O maestro Aylton Escobar, da Universidade de São Paulo (USP), será o substituto de Juarez e também acumulará o cargo de diretor artístico da orquestra.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.