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Rush toca para enlouquecer a platéia

A banda, que era aguardada há mais de duas décadas por uma legião de apaixonados fãs, foi recebida por 60 mil pessoas acompanharam atentas a grande performance do power trio que chega aos 33 anos de carreira

Por Agencia Estado
Atualização:

Quem foi ao estádio do Morumbi sexta-feira à noite para ver o Rush participou de uma verdadeira festa. A banda, que era aguardada há mais de duas décadas por uma legião de apaixonados fãs, foi o grande presente. Mais de 60 mil pessoas acompanharam atentas a grande performance do power trio que chega aos 33 anos de carreira. Com um atraso de 20 minutos - segundo a produção do evento, a banda resolveu retardar a entrada quando soube que um grande número de pessoas estava do lado de fora do estádio - começava oficialmente em São Paulo o show da atual turnê "Vapor Trails". A abertura foi com o grande hit "Tom Sawyer". Os primeiros acordes da música já indicavam que Geddy Lee, Alex Lifeson e Neil Peart realizariam naquela noite um grande sonho de milhares de fãs. O público não deixou por menos e cantou junto. "Fico muito feliz de poder ver essa banda maravilhosa tocar no Brasil", dizia Andréas Kisser, guitarrista do Sepultura. Para a festa não perder o embalo, o Rush emendou com "Distant Early Warning", do álbum "Grace under Pressure" (1984), também grande sucesso da banda; seguiram com a não tão conhecida "New World Man" ("Signals", de 1982), e "Roll the Bones", do álbum homônimo, de 1991, e a novíssima "Earthshine", do último trabalho, "Vapor Trails" (2002). Após esse início bombástico, Geddy Lee, alegre e percebendo o total entrosamento da platéia, saudou com um "muito obrigado" e "boa noite São Paulo", em português. Um rápido break era necessário, porque "YYZ", do álbum "Moving Pictures", estava chegando. Como em quase todas as músicas do Rush, essa canção de 81, mostra um entrosamento perfeito da banda, com várias conversões, deixando os fãs em puro êxtase. No gramado, já completamente tomado, o que se via eram moças e rapazes tocando instrumentos invisíveis. Mais parecia um ritual espiritual. Os três telões instalados no palco também eram um espetáculo à parte. Com ótimas resoluções, eram alternadas imagens da banda e várias animações. Em "Closer to the Heart", muitos isqueiros se acenderam, quando Geddy Lee e o guitarrista Alex Lifeson abriam a melodia. "One Little Victory", depois do intervalo, literalmente incendiou a noite, porque em seu final várias labaredas saíram do piso, chegando a assustar a platéia que estava na área vip. "O calor do fogo veio até aqui", contaram fãs que estavam naquela área. Uma fina garoa começava a cair a partir deste momento, mas que não demoraria por muito tempo. Chegar um dos momentos mais aguardados da noite: em "The Rhythm Method", Neil Peart, com certeza influenciador de muitos bateristas que estavam no Morumbi, faz solo de bateria e deixou, nos sete minutos seguintes, a platéia boquiaberta. Na parte final de sua performance, foram projetadas no telão imagens de big bands e do lendário baterista Buddy Rich, que um dia teceu elogios a Peart. Geddy Lee aproveitou pausa em um solo de Alex Lifeson e improvisou no baixo os primeiros acordes de "Garota de Ipanema", reverência que faz a platéia ir à loucura. Aproveitando o pique da festa, tocam "Spirit of Radio", outra adorada pelos fãs e terminaram com pérolas dos anos 70. Ao final Lee anunciou que espera voltar logo.

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