Rush leva fãs ao delírio no Morumbi

Foi sintonia pura numa noite em que até o inicio do espetáculo ameaçou chover. O trio canadense abriu o show com Tom Sawyer, hit conhecido das FMs

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Por Agencia Estado
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O trio canadense de rock progressivo Rush se apresentou nesta sexta-feira à noite no Estádio do Morumbi para uma platéia estimada em mais de 55 mil pessoas. A banda, que entrou com quase meia hora de atraso, abriu o show com o hit Tom Sawyer, conhecido das FMs do gênero. O clima foi de final de Brasileirão, com as dezenas de milhares de pessoas presentes ao show da turné Vapor Trails, da banda, que pela primeira vez se apresenta no Brasil. A platéia presente acompanhava, cantando com o vocalista/baixista/tecladista Geddy Lee, dono de uma técnica superapurada, até mesmo as mais novas canções do grupo. Foi sintonia pura numa noite em que até o inicio do show ameaçou chover. Sem perder o fôlego, a trio - além de Lee, Neil Peart (baterista) e Alex Lifeson (guitarrista) -emendou Distant Early Warning, esta também conhecidíssima dos fãs. New World Man, do CD Signals, era a mostra de que o grupo iria passear muito bem pelos anos 80 e deixar antigos fãs extasiados. Com Roll the Bones percebeu-se a total empatia com o público. Ao final desta, Geddy Lee arriscou um obrigado e fez uma saudação à platéia. O show seguiu até o final como começou, com a banda muito à vontade, e o público em total êxtase. Eles tocaram também Earthshine, YYZ, The Pass, Bravado e Big Money, entre outros sucessos. Enquanto a noite o clima foram de euforia dentro do Morumbi, à tarde a tranqüilidade pairou fora do estádio. Segundo a Polícia Militar, não houve maiores incidentes. Exceto alguns contratempos, como a venda de ingressos falsos por cambistas na entrada do Morumbi que, ainda de acordo com a PM, foi grande, maior até do que a registrada no show do grupo Red Hot Chili Peppers, no Pacaembu. A polícia deteve também guardadores de carros, que chegavam a cobrar R$ 20,00 de quem quisesse estacionar o carro na rua e a coagir quem não aceitasse pagar o valor determinado. Ao contrario do esperado, os jovens engrossavam as estatísticas de público. Mas os antigos fãs da banda não deixaram de comparecer, apesar de tanto tempo de espera. Fãs como o analista de sistemas Eduardo Ito, de 33 anos, acompanhado do mulher Maria Aparecida Zavarise, de 37. "Fazia tempo que eu esperava eles", disse. "Tinha até perdido a esperança." Andreas Kisser, guitarrista do Sepultura, disse que ficava "muito feliz de poder ver essa banda maravilhosa tocar no Brasil".

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