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Rock in Rio pode não ter queima de fogos

Por Agencia Estado
Atualização:

A Secretaria de Segurança proibiu a Promo-3, empresa que organizou a queima de fogos na Praia de Copacabana, na noite de Ano Novo, a fazer show semelhante na terceira edição do Rock in Rio. A Promo-3 é suspeita de ser responsável pelo acidente com os fogos que matou uma pessoa e feriu cerca de 50 no Réveillon. A Promo-3 foi contratada pela produção do Rock in Rio para comandar a explosão de fogos em todos os dias do festival e já tinha autorização da secretaria. O chefe da Polícia Civil, Álvaro Lins, informou que a partir de agora a Secretaria de Segurança será mais rígida na autorização para a explosão de fogos. "Só exigíamos o tipo e a quantidade dos artefatos, agora vamos pedir descrição completa", afirmou Lins. Uma das sócias da Promo-3, Patrícia Junqueira, disse que não recebeu notificação formal da proibição. "Estou em reunião com meus advogados, mas como não há nada oficial, não vou me pronunciar", afirmou. A assessoria de imprensa da Promo-3 informou que, caso a Secretaria de Segurança realmente negue a autorização, a empresa recorrerá à Justiça. Ontem, o advogado George Tavares, que representa a Brasitália, uma das suspeitas do acidente na Praia de Copacabana pediu ao delegado Ivo Raposo que concedesse um prazo maior para a apresentação das notas fiscais que mencionam o material empregado nos fogos fabricados pela empresa. A empresa terá até quinta-feira para mostrar os documentos na tentativa de provar que não usa PVC nos artefatos - o material foi extraído do corpo de feridos. O delegado periciou um apartamento da Rua Djalma Ulrich em que foi gravado um vídeo mostrando a explosão ocorrida no Réveillon. Com o exame de balística, que o Instituto de Criminalística Carlos Éboli conclui na próxima semana, Ivo Raposo irá determinar se a explosão ocorreu no ponto da Brasitália ou da Promo-3.

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