Em entrevista para o jornal The New York Times no último dia 9, o empresário brasileiro Roberto Medina informou que a primeira edição do festival em terras americanas terá o orçamento mais polpudo de sua história: US$ 75 milhões (R$ 165 milhões). A edição de 2013 custou cerca de US$ 50 milhões (R$ 122 milhões). "A América será a porta de entrada", disse Medina, sobre seu sonho de levar o festival até o Oriente Médio.
Medina foi categórico em afirmar vantagens sobre os concorrentes norte-americanos, como Coachella e Lollapalooza. Disse que sua área VIP no Rock in Rio USA vai superar a de todos os outros festivais norte-americanos de rock. O festival, pela primeira vez na América do Norte, será realizado em Las Vegas em 4 dias, no início de 2015, e deverá reunir 80 mil pessoas a cada dia. O primeiro final de semana, entre os dias 8 e 9 de maio, será dedicado ao rock. O segundo, entre os dias 15 e 16, será dedicado ao pop.
Só em gastos de mídia, o valor gasto será de US$ 30 milhões, conforme o empresário. No dia 26 de setembro, em uma festa em Times Square, Nova York, haverá o lançamento oficial, com shows curtos de artistas internacionais no meio da avenida.
O Rock in Rio teve, em três décadas, cinco edições no Brasil (1985, 1991, 2001, 2011 e 2013), seis em Lisboa (2004, 2006, 2008, 2010, 2012 e 2014) e três na Espanha (2008, 2010 e 2012), reunindo mais de 7 milhões de espectadores, cerca de 1.200 atrações. Foram mais de mil horas de música, com transmissão para mais de 1 bilhão de telespectadores em praticamente todos os países do mundo, pela TV e pela internet.
"Já somos o maior festival de música e entretenimento do mundo. Chegar aos Estados Unidos, maior mercado do showbizz mundial, é uma consequência inevitável. Somos grandes no mundo e agora seremos grandes na América também. Na Europa, em Lisboa e Madri, onde temos uma forte percepção de marca, somos top of mind, ao lado da Fórmula 1, na Espanha, e em Portugal, ao lado da Eurocopa. Estamos entrando com o pé direito e com enorme investimento nesse mercado", disse Medina ao jornal americano.