
15 de setembro de 2017 | 22h33
RIO - Pedras fundamentais do samba carioca, Monarco, Alcione, Martinho da Vila e Jorge Aragão, com Mart’nália, Roberta Sá e Criolo completando a roda, fecharam o Palco Sunset nesta sexta-feira, 15, em clima de Carnaval. Era o show “Salve o samba!”, uma reverência do Rock in Rio ao centenário do samba, comemorado ano passado.
Com roteiro do jornalista João Pimentel e abertura com o grupo Jongo da Serrinha, do mesmo morro que deu ao mundo o Império Serrano, o show foi calcado em clássicos dos clássicos, a começar com Canta, canta, minha gente, puxado por Martinho.
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Pelo telefone, A voz do morro, Alguém me avisou, Vai vadiar, Coração em desalinho, Coisinha do pai e Vou festejar se seguiram, um intérprete chamando o outro. O samba paulista de Adoniran Barbosa, defendido por Criolo, foi representado por Saudosa maloca e Tiro ao álvaro. Luiz Melodia, que morreu mês passado, recebeu tributo com Estádio, holy Estácio, número de Mart'Nália.
O repertório se remeteu a escolas tradicionais do carnaval do Rio, Portela - Foi um Rio rio que passou em minha vida, Portela na Avenida, com Roberta Sá -, Mangueira - Exaltação à Mangueira, com Alcione - , e Império Serrano - o grand finale foi ao som de Aquarela brasileira.
A apresentação, de uma hora, animou um público mais velho, que já havia dançado sucessos dos anos 1990 com Fernanda Abreu, acompanhada dos integrantes do Focus Cia de Dança e do Dream Team do Passinho antes.
Não foi a primeira vez que o samba teve vez no Rock in Rio. Martinho e Alcione estiveram em edições passadas. "O samba tem que estar em todos os lugares. Ele é capaz de produzir a maior festa popular do País", dizia a Marrom pouco antes de subir ao palco. Antes de cantar Gostoso veneno, brincou: "Hoje é dia de samba, bebê".
Numa noite pop, a abertura para o samba funcionou. "Estamos contando uma história do samba, não 'a' história, porque isso não seria possível", elaborou Zé Ricardo, curador do Palco Sunset.
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