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Rock in Rio Deve Movimentar R$ 450 Milhões

Ao todo, reunindo o que foi gasto na infra-estrutura do evento, além dos patrocínios, publicidade, apólices de seguro e expectativa de faturamento da rede hoteleira, os negócios em torno dessa terceira edição do Rock in Rio, que começa nesta sexta-feira, deverão girar em torno de R$ 450 milhões

Por Agencia Estado
Atualização:

Nem só de rock e outros ritmos viverá o Rock in Rio - Por um Mundo Melhor, megaevento que será realizado na cidade por sete dias, a partir do próximo dia 12 e que vai reunir pelo menos 1 milhão de pessoas. O tilintar do dinheiro promete soar como uma música especial nos ouvidos de centenas de empresários que resolveram apostar firme no retorno dos investimentos feitos no festival. Ao todo, reunindo o que foi gasto na infra-estrutura do evento, além dos patrocínios, publicidade, apólices de seguro e expectativa de faturamento da rede hoteleira, os negócios em torno dessa terceira edição do Rock in Rio deverão girar em torno de R$ 450 milhões. "Esse é o maior dos três eventos que já fizemos e deverá entrar para a história como o maior do gênero no mundo", prevê o publicitário Roberto Medina, organizador do Rock in Rio. Os números são grandiosos. Apenas o seguro do festival, que inclui nove apólices - desde o cancelamento de show até acidentes com o público - chega a R$ 128 milhões. É algo tão complexo que a corretora americana AON desenvolveu o seguro desde março do ano passado. "Temos cobertura até para algum erro de projeto das inúmeras tendas. Está tudo garantido" diz Marcus Vinícius Freire, diretor da AON. Hotéis - A corrida de turistas, principalmente de vários pontos do Brasil e até de países vizinhos, como a Argentina, deverá render um faturamento para a cidade do Rio cerca de R$ 200 milhões, pela previsão do presidente da Associação Brasileira de Agentes de Viagem (Abav-Rio) Luís Felipe Bonilha. Estão incluídos aí hotéis, comércio e transportes. A AOL é a patrocinadora oficial do evento, totalizando R$ 20 milhões. Uma das idéias desenvolvida pela empresa - que é o maior portal de Internet do mundo, com 26 milhões de assinantes - é pintar os rostos e os cabelos de até 15 mil pessoas que cruzarem as roletas. Mas há vários outras empresas - nacionais e multinacionais- aplicando milhões de reais na expectativa não só de vender seus produtos, mas principalmente, de ter suas imagens expostas para uma verdadeira multidão. "Não estamos muito preocupados com o lucro da venda de refrigerantes, mas principalmente com a exposição de nossa marca que é jovem, para um público de jovens", explica Fernando Mazzarolo, diretor de marketing da Coca-Cola, empresa que está investindo R$ 15 milhões na campanha "Verão para Curtir", incluindo o Rock in Rio e outras ações até fevereiro. Uma das novidades é que haverá uma loja de produtos da Coca-Cola, como roupas, telefones e até aparelhos eletrônicos. Além Da Oktoberfest - A Schincariol ficará encarregada para que não entre água no chopp. Serão oferecidos 1,5 milhão de litros da bebida nos vários pontos das lanchonetes que serão administradas pela organização do Rock in Rio. É chopp para ninguém colocar defeito: essa quantidade equivale a três vezes mais do que o chopp vendido na Oktoberfest, a tradicional festa da cerveja, realizada em outubro, em Blumenau (SC). "Nossa expectativa é crescer nossa presença na faixa etária de 18 a 30 anos", espera Luiz Cláudio de Araújo, gerente de marketing da Schincariol. Há toda uma preocupação ecológica e de segurança: não haverá vidro, nem latas nas várias tendas ou no gramado da cidade do rock, que está fincada na Barra da Tijuca (zona Oeste do Rio). O chopp será vendido em copos plásticos e a bebida energética oficial - com gosto de guaraná e caramelo- também será embalada em um plástico especial, bem resistente, como se fosse uma latinha. Rogério Baeta Neves, sócio da Energia on Line, pretende ampliar a fatia de mercado da venda do Energético on Line dos atuais 8% para cerca de 18% até o fim deste verão. "O Rock in Rio será uma oportunidade única para conquistar a clientela que estamos atrás. Gente bonita, jovem e de bom poder aquisitivo", diz Neves. É esse público que a Polaroid também pretende conquistar. Com investimentos previstos de R$ 3 milhões, a multinacional está programando uma grande campanha da câmara I-Zone, que faz minifotos adesivas instântaneas. O kit, com filme e um pequeno álbum será vendido por R$ 81 dentro da cidade do rock. Serão oferecidas ainda fotos avulsas, feitas na hora, para quem quiser guardar uma lembrança. "Nossa expectativa é concentrar as vendas, em cerca de 80%, na I-Zone, para quem tem de 12 a 18 anos", conta Alessandra Batalha, gerente de marketing da Polaroid. A Nabisco está investindo R$ 1 milhão no Rock in Rio e pretende divulgar o biscoito Club Social: dois pacotinhos serão vendidos por R$ 1. A venda do produto salgado "explodiu" no ano passado chegando a faltar nas prateleiras em julho. "Agora, com o abastecimento normalizado, acreditamos que vamos vender ainda mais", avalia Patrícia Kastrup, gerente do Club Social na Nabisco.

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