01 de outubro de 2019 | 09h50
A soprano Jessye Norman, que faleceu na manhã desta segunda-feira, aos 74 anos, deixa um legado que a consagrou como uma das principais cantoras líricas da sua geração.
Com um início de carreira interpretando Mozart e Verdi na Europa, Jessye começou as suas apresentações nos Estados Unidos anos mais tarde e passou a ser convidada para se apresentar em momentos marcantes da história americana, como na cerimônia pelas vítimas do 11 de setembro, em março de 2002. “O que a arte pode fazer em momentos como esse? Ela é capaz de ajudar as pessoas entenderem o que estão sentido. E esse é o primeiro passo, sempre”, disse em uma entrevista ao Estado em 2010.
Na ocasião, comentou ainda sobre a sua versatilidade. Jessye gravou também diversos discos de jazz, cantava música popular e as chamadas spirituals. "No final das contas, na hora de escolher o que cantar, eu me faço apenas uma pergunta: posso falar das profundezas do meu ser com essa canção, com esse papel de ópera? Se posso, canto”, contou.
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