Público do Festival de Verão de Salvador atingiu 208 mil

Segundo a organização da mostra, 208 mil pessoas estiveram no parque, um público um pouco superior O dia mais visto foi a noite de sexta-feira, que teve um público estimado em 52 mil pessoas ? entre as atrações desse dia, Charlie Brown Jr. e Lulu Santos. O ministro da Cultura, Gilberto Gil, foi visto por 46 mil pessoas, no balanço final, na noite de quinta-feira

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Por Agencia Estado
Atualização:

Terminou com recorde de público na noite deste domingo o 5º Festival de Verão de Salvador, uma jornada de 5 dias e 50 artistas nos três palcos do Parque de Exposições da capital baiana. Segundo a organização da mostra, 208 mil pessoas estiveram no parque, um público um pouco superior ao recorde anterior, de 2001, quando o festival coincidiu com a realização da 3ª edição do Rock in Rio. Naquele ano, 200 mil pessoas foram à mostra baiana. ?Hoje tivemos uma concorrência muito grande em Salvador, é dia de Iemanjá, e o público foi menor?, disse Maurício Magalhães, coordenador do festival. No encerramento, 32 mil pessoas foram assistir a shows de extremo ecletismo, que iam do grupo de programa de auditório Rouge ao celebrado DJ Patife, passando por Daniela Mercury, Ivete Sangalo, Planet Hemp e Jota Quest. ?É um festival propositadamente eclético, propositadamente misturado?, afirmou o coordenador. O dia mais visto foi a noite de sexta-feira, que teve um público estimado em 52 mil pessoas ? entre as atrações desse dia, Charlie Brown Jr. e Lulu Santos. O ministro da Cultura, Gilberto Gil, foi visto por 46 mil pessoas, no balanço final, na noite de quinta-feira. A grande vitória do festival, para Magalhães, foi a civilidade. Foram registrados apenas 1.032 ocorrências. Na linguagem policial, foram 25 ?vias de fato?, ou brigas, 507 extravios de documentos, 241 furtos de carteiras, 30 roubos de celulares e um caso de falsidade ideológica. Essa estratégia, de tornar o festival o evento com o menor número possível de crimes e casos de violência, tem a ver com a escolha da mostra baiana pela Unesco como um dos eventos de combate à intolerância. E a estratégia é abrangente. Depois de Lulu Santos, ontem foi a vez da cantora Daniela Mercury posicionar-se contra a iminente declaração de guerra dos Estados Unidos ao Iraque. ?Que nós façamos todo o esforço para evitar essa guerra. Não só no Iraque, mas nas favelas brasileiras. É proibido tratar pobres como bichos. É proibido discriminar qualquer pessoa. Negros. Deficientes físicos. É proibido pagar salários menores para as mulheres. Maltratar os presidiários?, discursou ela. O festival tem um dos preços mais baixos do País, entre R$ 17 e R$ 60. Funciona basicamente com patrocínios fortes ? cerca de 63% da receita, segundo a coordenação. ?O Nordeste tem realmente menor poder aquisitivo?, disse a cantora Daniela Mercury. ?Então, acho uma maravilha que se consiga fazer isso aqui. É um Rock in Rio que acontece em Salvador?, afirmou.

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