Public Enemy dá aula de rap em SP

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Por Agencia Estado
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É uma aula de rap: o Public Enemy apresenta-se hoje em São Paulo uma semana depois de levar delírio aos cariocas no Tim Festival. Seu show foi o mais longo do evento - cerca de 2h15 - e mesmo assim foi pouco. As três últimas músicas foram tocadas sob o clarão das luzes acesas e, quando o público começava a ensaiar um pedido de bis, o microfone do rapper Flavor Flav foi desligado para a decepção geral. Sorte dos paulistas: segundo a assessoria de imprensa da gravadora Sum Records, o grupo nova-iorquino pretende matar a sede de palco hoje com uma apresentação de três horas. Na construção da muralha de resistência do hip hop, o Public Enemy levou os tijolos mais sólidos. Com as letras do líder Chuck D afiadas com o discurso dos panteras negras e as bases pesadas dos toca-discos do DJ Terminator X, os primeiros álbuns do grupo balançaram os alicerces da música pop. Formado em 1982 e com primeiro disco (Yo! Bum Rush The Show) lançado em 1987, viram a poderosa Fight The Power se converter em hino rebelde da juventude negra em 1989, quando a faixa estourou na tela de cinema como tema principal filme Faça a Coisa Certa, de Spike Lee. Em 1990, o grupo esteve no Brasil para sua única apresentação no País até então. Na ocasião, a abertura ficou por conta dos Racionais MC?s. Hoje, a missão é de Marcelo D2. Public Enemy e Marcelo D2, hoje, às 22h, no Via Funchal (R. Funchal, 65. Tel. 0300-789-3350). R$ 60.

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