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Prêmio Visa muda logo, nome e critério de premiação

Em sua sétima edição, o termo MPB dá lugar a Música Brasileira, e o número de finalistas foi reduzido de cinco para três

Por Agencia Estado
Atualização:

Para os organizadores o número é cabalístico e inspira transformações. Se a cada ano o Prêmio Visa inova em algum ponto, a sétima edição, a terceira destinada a instrumentistas, vem com três novidades. Mudaram o logotipo, o nome e o critério de premiação em dinheiro. As inscrições estão abertas desde ontem e se encerram no dia 18 de março. As eliminatórias serão realizadas no Teatro Promon em São Paulo, nos dias 31 de maio, 2, 8, 14, 16 e 21 de junho. As semifinais estão programadas para os dias 21 e 28 de julho e 4 de agosto em São Paulo, e dia 11 de agosto no Rio. A final é no dia 15 de setembro na Tom Brasil. O novo perfil do prêmio começa pelo título, que perdeu a sigla MPB e passa a ser chamado Prêmio Visa de Música Brasileira. A mudança implica maior abrangência. "Com isso abrimos oportunidade para artistas de vários estilos, não ficamos mais restritos à MPB, que no entendimento geral está muito ligada aos ícones como Caetano Veloso, Chico Buarque e instrumental acústico", explica Isabel Borba, diretora da Rádio Eldorado, responsável pela coordenação e realização do prêmio. A abertura, no entanto, não altera uma das exigências básicas: não há limitação de gênero ou época, cabe até eletrônica, desde que todas as músicas inscritas estejam "vinculadas à tradição musical brasileira". Os finalistas, que eram cinco, agora serão três, mas o valor total do prêmio continua sendo de R$ 200 mil. O primeiro colocado, que antes recebia R$ 100 mil, agora embolsa R$ 110 mil, além de ter garantida a gravação de um CD. O segundo passa a ganhar R$ 55 mil em vez de R$ 50 mil e ao terceiro cabe R$ 35 mil no lugar dos R$ 30 mil. Todos recebem os habituais troféus e certificados de participação. "Concentrar o número de finalistas é uma maneira de valorizar mais o prêmio e estimular a participação", diz Isabel. As demais exigências para inscrição e os critérios de julgamento permanecem inalteradas. Os candidatos devem enviar as inscrições para o 7.º Prêmio Visa de Música Brasileira - Edição Instrumental, por Sedex, até o dia 18 de abril de 2004. O endereço é: Rua Prof. Celestino Bourroul, 100 - Bairro do Limão - São Paulo - SP, CEP 02598-900. O prazo não será prorrogado. A ficha de inscrição deve ir acompanhada de uma gravação em fita cassete ou CDR com quatro músicas instrumentais, com duração de no máximo 5 minutos cada uma. Das quatro músicas, pelo menos duas devem ser conhecidas do repertório brasileiro. "Essa exigência é mais para o júri ter uma referência de como o músico interpreta uma obra popular", explica Isabel Borba. No mesmo pacote com a gravação e a ficha de inscrição, o candidato deve enviar um envelope fechado, identificado apenas pelo pseudônimo, contendo um breve currículo com nome completo, nome artístico se houver, endereço completo, incluindo CEP, telefone para contato, e-mail, data e local de nascimento. Os candidatos serão selecionados por meio de recitais públicos. Um júri composto por cinco personalidades ligadas à atividade musical, e presidido pelo maestro Nelson Ayres, escolherá os 12 semifinalistas. O regulamento e a ficha de inscrição estão disponíveis no site www.radioeldorado.com.br, que divulgará a relação dos 24 concorrentes selecionados na primeira semana de maio. Número crescente - A cada edição o Prêmio Visa vem registrando aumento representativo no número de participantes. A primeira, que teve como vencedores os instrumentistas André Mehmari e Célio Barros, contou com 192 inscritos. Destinada aos vocalistas, a segunda recebeu 1.247 inscrições. A paulista Mônica Salmaso foi a vencedora. Já na terceira, que privilegiou os compositores, o número saltou para 2.750. Dante Ozzetti saiu vitorioso. A qualidade dos candidatos e a credibilidade do Visa o colocam hoje como um dos prêmios mais importantes de música brasileira. A edição anterior, dedicada aos compositores, recebeu o número recorde de 2.893 inscrições vindas de todos os Estados. Além disso, candidataram-se brasileiros residentes na Alemanha, Áustria, Espanha, França, Itália e Estados Unidos. "É importante ressaltar a importância do alcance nacional e internacional de um prêmio que é organizado por uma rádio local, a Eldorado", diz Isabel. "O Visa é um dos maiores prêmios que valorizam e incentivam o talento nacional, tanto os novos quanto os que estão há algum tempo na estrada e não foram revelados para a grande mídia." Além dos já citados, há os casos de Yamandú Costa, Renato Braz, Chris Delano e Duo Fel, entre outros, que tiveram projeção nacional e internacional, depois de terem vencido o Prêmio Visa. Yamandú, que tinha participado de alguns festivais, vivia com um pé atrás em relação a concursos. "Já sabia como a coisa funcionava e não acreditava mais. Não sabia que o Visa tinha essa credibilidade. Tanto é que nem fui atrás. Minha produtora, Maria Célia, foi quem me inscreveu e eu só soube quando fui convocado", lembra."Hoje tenho orgulho de fazer parte da história desse prêmio", diz Yamandú, vencedor da quarta edição. "Sabia que ia ter reconhecimento, mas iria demorar muito mais se não fosse por essa premiação."

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