PercPan começa hoje com ingressos esgotados

Festival internacional de percussão que reúne músicos de lugares diversos como Romênia, Congo, Estados Unidos e Brasil, chega ao Rio

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Por Agencia Estado
Atualização:

O PercPan, festival internacional de percussão que reúne músicos de lugares tão diversos quanto Romênia, Congo (ex-Zaire, ex-Congo Belga), Estados Unidos e, obviamente, Brasil, chega agora ao Rio, em sua 11.ª edição. A festa começa hoje, no Teatro Carlos Gomes, com Marcos Susano, Adriana Calcanhotto e outros convidados representando o Brasil, além de Fantare Ciocarlia (da Romênia) e On Filmore (Estados Unidos). Os ingressos estão esgotados, mas haverá um telão em plena Praça Tiradentes, no centro da cidade, e há quem discuta se lá fora não é o melhor lugar para assistir aos shows. "Em anos anteriores, os músicos acabavam de tocar no palco e iam para a rua", conta a produtora Elizabeth Cayres, que criou o PercPan em Salvador, em 1995, e já trouxe de Naná Vasconcellos a grupos do interior da África ou Ásia. "Nosso critério de seleção nunca passa pelo sucesso ou pela possibilidade de lançar produtos (CD ou DVD) no Brasil. O encontro entre músicos de diversas culturas e as oficinas que eles promovem com percussionistas amadores e profissionais são o lado mais importante do festival." Amanhã, essa mistura ocorre de novo, no mesmo horário e local. O show começa com o brasileiro Lucas Santana (líder do grupo Parada de Lucas), continua com o X-Plastaz (Tanzânia) e o Konono n.º 1 (do Congo) e termina com o ministro da Cultura, Gilberto Gil, numa roda de samba com convidados baianos e cariocas. Gil, aliás, é um dos entusiastas do PercPan e foi seu primeiro diretor musical, já que ele sempre defendeu a mistura de tendências e influências musicais, as mais impensáveis, se possível. Essa mistura já foi provada ontem, quando a Fanfare Ciocarlia se apresentou no Museu de Arte Contemporânea, de Niterói, com o Art Metal Quinteto, de lá. No sábado, o PercPan vai a Salvador, repetindo no Teatro Castro Alves o mesmo cardápio musical. Este ano, foi possível ampliá-lo porque a empresa de telefonia móvel TIM banca o evento, sem recurso a leis de incentivo à cultura. "Nossa intenção sempre foi fazer um panorama percussivo mundial, entendendo como percussão desde o piano aos instrumentos tradicionais de bateria", explica Elizabeth Cayres. "Como o Brasil é um país privilegiado nessa área, há grande curiosidade sobre o festival e sobre os nossos músicos."

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