Paul McCartney diz estar de luto por seu "irmão caçula"

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Por Agencia Estado
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Paul McCartney disse hoje que está infeliz e destruído com a morte de George Harrison, seu ?irmão caçula? e ex-colega em The Beatles. ?Sabíamos que ele estava doente há muito tempo?, disse McCartney. ?Ele era um cara amável e muito corajoso e tinha um admirável senso de humor. Era realmente meu irmão caçula?. Harrison tinha 13 anos quando se tornou amigo de McCartney na escola, em Liverpool. Foi Paul McCartney que apresentou Harrison a John Lennon, e a amizade dos três foi o núcleo que deu origem à banda, que se completou com o ingresso do baterista Ringo Starr. ?lembro-me de todos os momentos bons que tivemos juntos e gostaria de me lembrar dele daquele jeito, porque sei que ele gostaria de ser lembrado assim?, disse McCartney aos repórteres que estiveram em sua casa em Londres hoje. ?Ele era um grande amigo, cheia de amor pela humanidade. Ele fará muita falta para todos?. Entre os Beatles, Harrison era conhecido como quieto, místico, autor de canções muito bem escritas como Something e Here Comes the Sun, que foram ofuscadas pela torrente de melodias da dupla Lennon-McCartney. ?Como ele mesmo disse, é difícil alcançar gênios como John e Paul, mas ele fez isso muito bem?, disse Bob Geldof em uma entrevista à rádio BBC. ?Eu diria que All Things Must Pass, seu álbum solo, é de longe o melhor álbum solo de um Beatle?, disse Geldof. Harrison organizou o Concerto para Bangladesh, um dos primeiros eventos beneficentes do rock ´n´ roll, e foi conselheiro de Geldof quando ele estava organizando o Live Aid. ?Lembro-me dele com uma profunda gratidão?. Michael Palin, do Flying Circus de Monty Python, disse que o lado místico de Harrison era equilibrado por um poderoso talento para os negócios. Harrison participou do financiamento de A Vida de Brian, do Monty Python, em 1978, e sua produtora, Handmade Films, participou do filme de Palin chamado A Private Function?. ?Você sabe, George não vivia com a cabeça nas nuvens o tempo todo. Quando ele entrava num negócio, ele tinha os pés no chão. Há uma mistura nisso que era especialmente agradável e acho que isso o ajudou muito nos últimos anos?, disse Palin. ?George, sempre lembrado como o Beatle caladão, nunca parava de falar quando eu estava com ele?, acrescentou. ?Ele não era o cara fechado, sentado no canto o tempo todo?.

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