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Paul e Ringo comandam tributo a George Harrison

Os ex-beatles dividirão o palco com Eric Clapton e Ravi Shankar em um show-tributo em Londres, hoje, para marcar um ano da morte de Harrison

Por Agencia Estado
Atualização:

George Harrison volta a ser o centro das atenções na Grã-Bretanha hoje, com um show-tributo ao ex-beatle no Royal Albert Hall, em Londres, para marcar o aniversário de um ano de sua morte. Paul McCartney confirmou ontem sua participação, ao lado de Ringo Starr, Eric Clapton, Ravi Shankar e o fundador da Eletric Light Orchestra, Jeff Lynne, entre outros músicos convidados. A renda da apresentação será destinada à fundação de caridade britânica Material World Charitable Foundation. A idéia do tributo a George partiu há poucos meses de sua viúva, Olivia Harrison. Esta semana ela, que foi sua companheira durante 23 anos, concedeu uma rara entrevista à rede de televisão americana NBC, na qual falou sobre os últimos anos dele e de sua luta contra o câncer. Olivia disse que George, que morreu aos 58 anos, estava conformado com a morte e vinha se preparando espiritualmente para ela: "Ele entregou a vida a Deus há muito tempo. Ele não estava tentando se agarrar a nada. Claro que ninguém gosta de ficar doente, mas ele aceitou o que estava acontecendo." Olivia se emocionou ao lembrar como o marido procurava alcançar a "paz interior" e "um nível elevado de consciência e de vida". "George dedicou grande parte do seu tempo para conseguir um final para a sua vida e eu não tenho dúvidas de que ele conseguiu isso." Em outro momento comovente da entrevista, dada à apresentadora Katie Couric, Olivia Harrison recordou um dos momentos mais difíceis da vida do casal, quando Michael Abram, um esquizofrênico, invadiu a mansão do ex-guitarrista dos Beatles, em Londres. Ela afirmou que, embora George tivesse levado dez facadas de Abram, ele acabou salvando sua vida. "George foi muito corajoso e as pessoas não sabem disso. Ele já havia sido ferido e teve que pular no homem que o estava atacando, derrubá-lo e evitar que ele me atacasse. Ele salvou minha vida", disse ela. Olivia procurou desmentir a fama de que o marido não gostava de dar entrevistas e fugia dos fotógrafos. "Ele não era uma pessoa reclusa como a imprensa afirmava. Ele apenas dizia que não ia aos lugares onde a imprensa estava para preservar sua intimidade." Há uma semana, foi lançado o CD Brainwashed, disco póstumo de George, produzido por seu filho Dhani Harrison.

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