Paranapiacaba faz 1º Festival de Inverno

A cidade, fundada por ingleses em 1854, sedia o primeiro Festival de Inverno de sua história. Programação terá Naná Vasconcelos e André Geraissati

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Por Agencia Estado
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Paranapiacaba, a Vila Ferroviária fundada por ingleses em 1854, promoverá esse ano o primeiro Festival de Inverno de sua história. De amanhã até o dia 22, a pequena vila, até então conhecida como ´um lugar parado no tempo´, pretende andar para frente investindo no turismo. A cidade, que faz parte do município de Santo André, fica a 50 km da Capital, e o festival é uma boa alternativa para quem procura uma opção de lazer pertinho de São Paulo. Mesmo sem contar com o glamour do Festival de Inverno de Campos do Jordão e de outras cidades serranas, esses nove dias de festas prometem uma programação completa. Shows de música clássica e MPB, exposições de artes plásticas, feiras de artesanato e barracas de alimentação fazem parte da agenda. Entre os shows - que são na maioria de músicos da região - o festival terá no último dia uma apresentação do instrumentista Naná Vasconcelos ao lado do violonista André Geraissati. Todas as atividades serão gratuitas, mas para quem pode os organizadores do evento estão pedindo doações de agasalhos. Tudo o que for arrecadado será doado para entidades carentes da região. Patrimônio histórico - Paranapiacaba, em tupi guarani, significa "de onde se avista o mar". Originalmente chamada de Alto da Serra, a Vila teve origem com a construção da primeira estrada de ferro paulista (quinta mais antiga do País), que liga Santos a Jundiaí. A obra foi criada e executada por engenheiros ingleses, que trabalhavam para a São Paulo Railway. A arquitetura de Paranapiacaba, que foi tombada pelo Condephaat (Conselho de Defesa do patrimônio Histórico, Artístico, Arqueológico e Turístico do Estado de São Paulo), é considerada uma das mais importantes do País. Entre as construções históricas estão uma réplica do famoso relógio Big-Ben, de Londres - que freqüentemente fica encoberto pela neblina tropical, comum na região -, o Castelinho, antiga casa do engenheiro-chefe, e o Museu Funicular onde podem ser vistos máquinas antigas e vagões. Além deles, na parte baixa da vila ainda existem cerca de 350 casas de madeira, cuja construção foi inspirada na arquitetura das casas inglesas, em moldes vitorianos daquela época. Na parte alta, onde se desenvolveu o comércio da vila, surgiram construções em estilo português, por causa da imigração. Para chegar à cidade de carro deve-se seguir pela Rodovia Anchieta até o km 29. Dali, é preciso pegar a Rodovia Índio Tibiriçá no sentido Mogi das Cruzes e nela a entrada para Ribeirão Pires, que fica do lado direito da rodovia. Em Ribeirão, siga pela SP 122 no sentido de Rio Grande da Serra. Esse trecho vai até Paranapiacaba.

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