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Osesp lança novo disco

A Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo, tida por especialistas como principal conjunto sinfônico do País e da América Latina, teve o seu melhor ano e para comemorar lança álbum com sinfonias de Bethoven

Por Agencia Estado
Atualização:

"O que a Seleção Brasileira não faz, nós estamos fazendo", disse o maestro John Neschling, no início de dezembro, ao apresentar o balanço das atividades da Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo no ano 2000. É verdade. A Osesp hoje pode ser considerada um modelo por tudo o que tem realizado, tanto em termos de quantidade como de qualidade. Em 2000, foram cerca de cem apresentações englobando o que há de mais representativo no repertório da música erudita sinfônica. E, o mais importante, a orquestra consolidou-se como melhor conjunto sinfônico do País e talvez da América Latina. Com essa seriedade - e também assumindo o risco de ser comparada aos melhores conjuntos sinfônicos do mundo -, a "substituta" da frustrada Seleção Brasileira acaba de lançar mais um CD. Após apresentar-nos, na estréia, uma exemplar execução da sinfonia Ressurreição, de Mahler, a Osesp reaparece com uma nova gravação, bastante criteriosa, de duas pouco executadas sinfonias de Beethoven: a Primeira e a Quarta, além da Abertura Coriolano. Foi somente após a inauguração da Sala São Paulo, em julho de 1999 - e do uso desse espaço como estúdio de gravação - que os primeiros CDs puderam sair com a qualidade desejada. Mas desde 1997 - ano da reestruturação da Osesp -, já havia um projeto de gravações para a orquestra voltado ao nosso repertório erudito. Lacuna fonográfica Segundo Neschling, "é preciso preencher esse nicho no mercado de discos". O repertório brasileiro é uma lacuna nos catálogos fonográficos. Cabe, a partir de agora, à nossa melhor orquestra a "obrigação" de resgatar o patrimônio nacional e colocá-lo à disposição de todos. Já foi anunciado que, em fevereiro, será realizada uma gravação de obras de Camargo Guarnieri. Finalmente, a maior curiosidade sobre o novo CD da Osesp fica por conta da Sala São Paulo. Esse polêmico auditório, que agrada a uns por sua grandiosidade e desagrada a outros por seus lugares cegos, revela-se, agora, um ótimo espaço para gravações sinfônicas - já que existe um eficiente isolamento acústico e os microfones, mais próximos dos instrumentos, eliminam os também delicados problemas de dispersão excessiva do som, que costumam atordoar os espectadores mais exigentes. Serviço ? Informações sobre a Osesp, seus CDs e assinaturas para a temporada 2001 no site `www.osesp.art.br´ ou pelo tel: 3351-8200.

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