Osesp executa mais longa sinfonia de Mahler

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Por Agencia Estado
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Seguindo adiante na tarefa de apresentar o ciclo completo das sinfonias de Gustav Mahler, a Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo executa nesta quinta-feira e no sábado, na Sala São Paulo, a Sinfonia n.º 3 do compositor austríaco. A regência será de Roberto Minczuk, diretor artístico adjunto do grupo. A mais longa sinfonia de Mahler, com quase duas horas de duração, a Sinfonia n.º 3 é um dos mais perfeitos exemplos daquilo que Mahler chamava de "construção de um mundo em termos artísticos". Isso porque, na peça, ele, a partir de diferentes estilos e elementos de composição, leva a cabo sua premissa de que uma sinfonia deve ser concebida e formatada como um mundo à parte. Como em suas duas primeiras sinfonias, Mahler discute, entre outros temas, a relação do homem com a natureza. Também como na sua segunda sinfonia, Mahler incluiu trechos para meio-soprano, que aqui serão interpretados por Marilyn Schmiege. O resultado é uma obra de difícil execução, uma das mais complicadas dentro do repertório do compositor. Certa vez, em 1975, quando perguntado sobre o porquê de ter exigido dos músicos da Sinfônica de Chicago 15 horas de ensaio para interpretar uma obra do compositor, o maestro italiano Carlo Maria Giulini, um dos grandes nomes da regência do século 20, respondeu. "Não se pode tocar Mahler como se toca Brahms. É uma questão, em primeiro lugar, de saber colocar notas e dedos no devido lugar e, depois, de tentar entender a concepção. Mahler exige um som especial, além de percepção especial do temperamento e da estrutura. A orquestra deve entender isso para que, na hora da apresentação, a música faça parte do corpo. Mahler exige atenção especial." Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo - Amanhã (02), às 21 horas, sábado às 16h30. De R$ 10,00 a R$ 30 00. Sala São Paulo. Praça Júlio Prestes, s/n.º, tel. 3337-5414.

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