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Osesp e Mantiqueira prestam homenagem à MPB

Por Agencia Estado
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Após interpretar, ao longo do ano, 39 diferentes programas, a Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo faz, a partir de amanhã até sexta-feira, suas últimas apresentações do ano. Como convidados, o grupo - que será regido por John Neschling e Roberto Minczuck - recebe os integrantes da Banda Mantiqueira para um concerto do Projeto Criadores do Brasil, dedicado à música popular brasileira. O programa das apresentações é bastante variado, contemplando grande número de compositores muito conhecidos pelos amantes da música brasileira, como Chico Buarque, Pixinguinha, Guinga e Jacó do Bandolim. Segundo o compositor Nélson Ayres, a intenção é fazer com que os dois grupos, cada um dentro de sua linguagem própria, possam interagir harmonicamente. A apresentação tem início com a interpretação de Hora Zero, uma das principais obras do maestro Cyro Pereira, com solo de trompa de Ozéas Arantes. Em seguida, aparece o Concertino para Percussão e Orquestra, peça que o compositor Nélson Ayres escreveu a pedido do maestro Neschling e dedicou ao naipe de percussão da Osesp, liderado por Elizabeth Del Grande. Na segunda parte, a primeira peça é Nanã, de Moacyr Santos, com arranjo de José Roberto Branco. Medley de Choros arranjado por Nailor Azevedo, vem em seguida, unindo Naquele Tempo e 1X0, de Pixinguinha, com O Vôo da Mosca, de Jacó do Bandolim. Forrolins, de Cacá Malaquias, aparece na seqüência, na interpretação de André Mehmari. Seresta, arranjo de Edson Alves sobre a sua Valsa 1 e a peça Ave Maria, de Erotides de Campos, também integram o programa. De Chico Buarque, os grupos interpretam Homenagem ao Malandro, com arranjo de Laércio de Freitas. Tom Jobim e Vinícius de Morais são lembrados com Insensatez, arranjada por Alexandre Mihanovich e Nailor Azevedo. Villa-Lobos também está presente, no arranjo de Nelson Ayres para a Ária das Bachianas Brasileiras n.º 4. Balão de Lacan, de Guinga, com arranjo de Nailor Azevedo, encerra a apresentação. Arranjadores - A intenção da Osesp ao convidar a Banda Mantiqueira era fazer um panorama da riqueza e diversidade da música popular brasileira do século 20. Como ressalta Nelson Ayres, estão presentes alguns dos estilos mais marcantes como o samba, o frevo, o baião, a bossa nova, o choro, a valsa, o forró e a canção. No entanto, para recriar e adaptar o repertório escolhido sem, no entanto, alterar a personalidade que cada um dos compositores imprimiu a suas obras, foram necessárias horas e horas de trabalho dos arranjadores, escolhidos a dedo pela orquestra e pela banda. Os dois primeiros nomes que apareceram foram o de Nailor Azevedo, também conhecido como Proveta, e Edson José Alves, arranjadores da Mantiqueira. Também foram convidados dois veteranos, Laécio de Freitas, colaborador freqüente da Mantiqueira, e José Roberto Branco, durante muitos anos o líder da Banda Savana. Completam o "time", o guitarrista Alexandre Mihanovich, líder da Soundscape Big Band, e André Mehmari, vencedor da edição instrumental do Prêmio Visa de MPB em 97. A Nélson Ayres, coube o caminho inverso: adaptar uma das mais conhecidas obras de Villa-Lobos à linguagem de uma big band. Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo - Amanhã, às 21 horas, e sábado, às 16h30. De R$ 10,00 a R$ 30,00. Sala São Paulo. Praça Júlio Prestes, s/n.º, tel. 3337-5414.

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