
22 de março de 2019 | 18h16
Ninguém imaginaria que um festival de música de uma pequena cidade do interior dos Estados Unidos entraria para a história mundial. Estamos falando do Woodstock Music & Art Fair, mais conhecido, claro, apenas como Woodstock.
Em 1969, em Bethel, a 160 quilômetros de Nova York, reuniu grandes estrelas da música. Foram 65 horas de 32 shows impressionantes, para um público de 400 mil pessoas. 50 anos depois, a mesma cidade receberá o festival Woodstock 50, que reunirá nomes da edição original, mas também levará aos palcos novas bandas.
O Estado selecionou cinco nomes do mais icônico evento de música, que já completa meio século; e outros cinco esperados para a edição de 2019.
Sua execução emblemática de Star Spangled Banner – o hino nacional americano – na guitarra foi um dos marcos do festival. Entre solos eletrizantes, Hendrix mesclou notas imitando metralhadoras e bombas, em protesto à guerra do Vietnã, que acontecia naquele momento.
A música With a little help from my friends, dos Beatles, ganhou outro significado na voz rouca de Cocker. Em uma performance fatídica, o cantor berrava, se contorcia e simulava tocar instrumentos no palco.
Considerada uma das rainhas do Rock and Roll, Janis Joplin, durante seu show, estava irritada com as condições de Woodstock. E cravou: “Vocês não tem que aturar a merda dos outros só porque gostam de música. Então, se estão aturando mais merda do que merecem, vocês sabem o que fazer.”
A banda inglesa, que recentemente anunciou nova turnê e álbum inédito, conforme noticiado pelo Estado, fez um show longo, de duas horas e 25 faixas no repertório. Mas uma outra cena também chamou a atenção dos presentes: o guitarrista Pete Towsend expulsou do palco, a ‘guitarradas’, o ativista Abbie Hoffman, que teria invadido o local para ‘denunciar’ a banda como ‘vendida’.
O mexicano superou todas as expectativas e se tornou uma das principais revelações do festival. Em recente entrevista ao Estado, Santana diz que carrega poucas memórias do fatídico festival de Woodstock, devido ao uso de LSD e ayahuasca, apesar de se lembrar de um valioso elogio de Jimi Hendrix. Carlos Santana estará na edição de 2019 do Woodstock.
O rap será representado por Jay-Z, estrela contemporânea que recentemente fez parceria com Beyoncé na música Apeshit!. O clipe, gravado no Museu Do Louvre, entrou na lista das ‘25 músicas que importam agora’, produzida pelo The New York Times Magazine e noticiada pelo Estado.
A banda de rock The Killers, dona dos sucessos Somebody Told Me e Mr. Brightside, também marcará presença no Woodstock 50. Ela esteve no Brasil em 2018, como headliner do festival Lollapalooza.
Tornando-se conhecida mundialmente por seu papel de protagonista na série Hannah Montana, do Disney Channel, Miley Cyrus já vendeu mais de 20 milhões de álbuns. Ela foi eleita como uma das 100 famosas mais bem pagas do mundo pela revista americana Time.
Halsey também será um destaque do Woodstock 50. A cantora pop é também conhecida por seu ativismo em campanhas de prevenção ao suicídio e em defesa das vítimas de agressão sexual.
A dupla americana tem em seu currículo um Grammy de melhor banda de rock. Mas, na verdade, The Black Keys toca um pouco de tudo: blues, soul, rock psicodélico, progressivo, hard rock, country etc.
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