Orquestra Petrobras Pró-Música define o cenário da música erudita no Rio

Cada vez mais o conjunto, que prossegue temporada esta semana com concertos do pianista Arnaldo Cohen, marca a vida musical carioca

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Por Agencia Estado
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Para um Teatro Municipal lotado, a Orquestra Sinfônica da Petrobras Pró-Música abriu sua temporada a todo vapor, dando continuidade a um trabalho que, cada vez mais, marca a vida musical carioca. Foi no início de abril, com um concerto dedicado aos 40 anos do Festival Villa-Lobos, quando, sob regência de seu diretor artístico, Roberto Tibiriçá, executou o Trenzinho do Caipira, as Bachianas Brasileiras n.º 3 (com solos da pianista Linda Bustani) e os Choros n.º 6 do compositor brasileiro. Fundada em 1987 pelo maestro Armando Prazeres, a orquestra completa 15 anos de parceria com a Petrobras, que, para 2002, está investindo R$ 4 milhões no trabalho do grupo. Segundo Carlos Eduardo Prazeres, diretor executivo da orquestra, "o papel da OPPM é formar público e também músicos, apostando em uma temporada atrativa, dando estímulos aos jovens também com concursos - como o realizado este ano para jovens solistas". Para ele, o sucesso que a orquestra tem obtido está baseado nessa proposta, dentro da qual, segundo ele, a figura do maestro Roberto Tibiriçá é indispensável. Séries - A apresentação no início de abril marcou a volta dos concertos matinais ao Municipal do Rio, série que continua esta semana com o pianista Arnaldo Cohen interpretando o Concerto para Piano e Orquestra em Formas Brasileiras n.º 2 de Hekel Tavares e o Concerto para Piano de Grieg. A orquestra também vai interpretar as Três Danças para Orquestra, de Camargo Guarnieri. Paralelamente a essa série de concertos, a Petrobras Pró-Música também fará uma outra, noturna. Os programas de ambas as séries chamam a atenção pela diversidade do repertório e o elenco de solistas e regentes que vai trabalhar com a orquestra. Na série matinal, Celine Imbert vai cantar a Xerezade de Ravel; Shlomo Mintz tocará o Concerto para Violino de Mendelsohnn; Nelson Freire vai solar no Concerto n.º 2 de Brahms e Barry Douglas vai interpretar os quatro concertos para piano e orquestra de Rachmaninoff. Na série noturna, o violonista Turíbio Santos vai interpretar o Concerto de Aranjuez, de Joaquín Rodrigo, e Gilberto Tinetti as Variações Sinfônicas de César Franck, em um concerto que será regido por Henrique Morelembaum; Amaral Vieira será o solista da Wanderer Fantasy de Schubert, na versão para piano e orquestra de Liszt; o pianista Eduardo Monteiro vai interpretar o Andante com Variações para Piano e Orquestra, de Henrique Oswald; Lilian Barreto toca, com regência de Roberto Duarte, o Concerto para Piano de Ravel; dentro do festival Beethoven, Carmelo dos Santos, Luís Benedini e Antonio Del Claro vão interpretar o Concerto Tríplice em Dó Maior para Violino, Violoncelo, Piano e Orquestra. Está programado também um concerto, com regência de Lutero Rodrigues (titular da Sinfonia Cultura), com obras apenas de compositores brasileiros contemporâneos: Ricardo Tacuchian, Ronaldo Miranda, João Guilherme Ripper, Ernani Aguiar e Edino Krieger.

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