Ópera 'Poranduba' leva lendas amazônicas ao Teatro São Pedro

Em cartaz até 3 de maio, ela foi criada a partir de textos diversos que possuiam, no entanto, um elemento em comum: o fogo

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Por João Luiz Sampaio
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Especialista em literatura infantojuvenil, a professora e escritora Lúcia Pimental Góes reuniu ao longo de sua carreira contos e histórias da mitologia indígena. E, em 1995, teve uma ideia: a partir deles, escrever o libreto de uma ópera. 

Com o texto em mãos, procurou o compositor Edmundo Villani-Côrtes. “Compor uma ópera parecia algo improvável. Seria um trabalho danado e qual a chance de vê-la sobre o palco?”, pensou ele. Mas a oportunidade de “celebrar a cultura nacional” falou mais forte. 

E assim nascia Poranduba, que ganha nova produção a partir destea terça, 22, no Teatro São Pedro.

A cultura nacional é celebrada a partir do fogo Foto: Décio Figueiredo/Divulgação

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A obra estreou doze anos depois do início da composição, em 2007, no Festival Amazonas, em Manaus. O texto reúne diversas lendas amazônicas que possuem, no entanto, um elemento em comum: o fogo. 

Poranduba, o narrador, será vivido por Leonardo Neiva, que encabeça um elenco formado ainda pela soprano Gabriella Pace, a mezzo-soprano Celine Imbert, o tenor Eric Herrero e o barítono Eduardo Amir, além de dois membros da Academia do Teatro São Pedro: a soprano Roseane Soares e o barítono Eduardo Fujita. 

“Villani-Côrtes trabalha com diferentes linguagens, flerta com a música popular, a música folclórica, escreve árias que lembram modinhas. E, ao mesmo tempo, evoca a tradição italiana, escrevendo um papel para coloratura, por exemplo. Tudo, porém, é muito bem escrito, em uma linguagem bastante pessoal”, acredita o maestro André dos Santos, que assina a direção musical do espetáculo. 

Já a direção cênica de Poranduba fica a cargo de Caio Zaccariotto Ferreira e de Roberto Rebaudengo. PORANDUBA Teatro São Pedro. R. Albuquerque Lins, 207, 3661-6600. 3ª, 6ª e dias 29/4 e 1º/5, 20h; dom. e 3/5, 17h. R$ 20/ R$ 70. Até 3/5.

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