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Ópera baseada em 'Orlando' provoca Viena com protagonista

Versão para o palco do clássico de Virginia Woolf tem transgênero no papel

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Por Redação
Atualização:

O cantor de cabaré transgênero Justin Vivian Bond, que começou sua carreira sob o pseudônimo de Kiki Durane e várias vezes indicado para o prêmio Tony, o mais importante do teatro americano, é a nova sensação da Ópera de Viena.

Usando um pretinho básico assinado por Rei Kawakubo, da grife Comme des Garçons, ele estreou ontem a nova versão de Orlando, clássico de Virginia Woolf, para o palco, numa ópera composta por Olga Neuwirth, de 51 anos, ousada autora austríaca que já adaptou para o palco o filme de David Lynch, A Estrada Perdida, em 2003, além de ter dirigido uma elogiada montagem de Lulu, de Alban Berg. A nova montagem de Orlando terá três récitas ainda este mês, a partir do dia 18.

Transgênero. Justin Vivian Bond (de preto) é Orlando Foto: THE NEW YORK TIMES

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Era um sonho seu ainda quando morava na Áustria rural e devorava os livros de Susan Sontag, começando a se interessar por questões de gênero e androginia. Em sua versão operística, a história é basicamente a mesma do clássico livro de Virginia Woolf, a de um nobre da corte da rainha Elizabeth I que atravessa os séculos trocando de sexo e interagindo com grande intelectuais.

Já a música é complexa e dissonante, conduzida pelo maestro Matthias Pintscher, que recorre a instrumentos eletrônicos e música barroca distorcida extremamente ornamentada.

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