Olívia Hime canta letras de Ruy Guerra no Sesc Pompéia

Cantora vai intepretar Fado Tropical, composta com Chico para o musical Calabar

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Por Agencia Estado
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No início do ano, quando gravou o CD Palavras de Guerra, com 17 canções que receberam letra do cineasta Ruy Guerra, a cantora Olívia Hime guardou algumas pérolas para o show que estreou semana passada no Teatro Rival, no Rio, e que repete sábado, 21, e domingo no Sesc Pompéia. Uma delas é Fado Tropical, composta com Chico Buarque para o musical Calabar, censurado nos anos 70 e nunca remontado profissionalmente. A música é um dos melhores momentos do show, em que ela está acompanhada de Cristóvão Bastos (piano), João Lyra (violão), Diego Zangado (bateria) e Ricardo Medeiros (baixo) e com a participação luxuosa de Cristina Braga (harpa e voz). Olívia sempre admirou a poesia de Guerra que, até meados dos anos 70, se dividia entre teatro, letras de música e cinema, mas depois se dedicou só ao último. Por isso, o show tem um quê de anos 70, sem psicodelismo ou protesto político, "mas com um olhar do século 21", diz o diretor Flávio Marinho. "Ele só não me deixou cantar descalça, me convenceu de que o século 21 exige salto alto", brinca Olívia. No show há canções que fizeram sucesso como Entrudo (com Carlos Lyra), Esse Mundo É Meu (com Sérgio Ricardo), Jogo de Roda (com Edu Lobo) e uma série de canções com Chico Buarque, seu parceiro mais constante durante algum tempo e com quem fez, além do Fado Tropical, Tatuagem, Bárbara, Fortaleza (todas de Calabar). Os arranjos são de Francis Hime, que também compôs com Guerra Último Retrato e Corpo Marinheiro, que Olívia divide com Cristina Braga. "No disco, ele variou os climas como eu pedi e, aqui no show, explorou esses músicos maravilhosos", conta a cantora. "É um delícia cantar essas músicas em público, porque todo mundo tem alguma recordação com elas. É uma catarse." Olívia Hime. Teatro do Sesc Pompéia (344 lug.). Rua Clélia, 93, 11-3871-7700. Sáb., 21 h; dom., 18 h. R$ 7 a R$ 18

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