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OER reclama da falta de incentivo

Por Agencia Estado
Atualização:

Apesar do reconhecimento de crítica e público - os concertos da Orquestra Experimental de Repertório, dirigida pelo maestro Jamil Maluf, costumam encher o Municipal e, em alguns casos, os ingressos são vendidos quase em sua totalidade com dias de antecedência -, a Orquestra continua a enfrentar velhos problemas, que se devem em grande parte à falta de incentivos por parte da Secretaria Municipal de Cultura. "Por tudo o que fizemos e fazemos, a orquestra é extremamente injustiçada. Como, mesmo fazendo um bom trabalho, a orquestra não consegue uma nova sede?", questiona Maluf. Nunca é demais lembrar que o grupo ensaia em uma pequena sala do quartel da polícia, na Rua Santo Amaro, centro da cidade, onde os músicos precisam se amontoar. "É um lugar desapropriado tanto do ponto de vista técnico como humano." Além disso, a bolsa dos músicos, atualmente R$ 500, é uma das mais baixas do País. "Hoje, uma aula com um bom instrumentista pode custar até R$ 200. Um encordamento do violino, por exemplo, não sai por menos de R$ 200. E, somam-se a isso, gastos com condução e alimentação. Mesmo assim, não param de chegar músicos interessados em uma vaga." Maluf lembra que, quando foi chamado pelo secretário Marco Aurélio Garcia para continuar à frente da OER, deixou claro que algumas coisas precisavam ser mudadas. "Pedi que fosse feita justiça: a orquestra nunca é prioridade. Parece até que as pessoas pensam que, se conseguimos fazer sem investimento não precisamos de apoio."

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