PUBLICIDADE

O samba, na concepção de Simoninha

Cantor e compositor mostra Sambaland Club, seu segundo álbum, no Teatro do Sesc Vila Mariana, em São Paulo, a partir de amanhã

Por Agencia Estado
Atualização:

Depois de uma temporada pela Europa com a turnê The New Samba Revue, ao lado da trupe da gravadora Trama - Jair Oliveira, Max de Castro, Patrícia Marx e DJ Mad Zoo -, o cantor e compositor Wilson Simoninha passa a rodar pelo País divulgando seu recente CD, Sambaland Club, o segundo da carreira. Em São Paulo, o músico faz espetáculo amanhã, quinta e sexta, no Teatro do Sesc Vila Mariana. Além, obviamente, das canções do novo trabalho, o repertório reserva algumas composições de seu disco de estréia, Volume Dois, lançado em 2000. Assim, o músico vai mesclar interpretações das novas Tudo Faz Sentido, Mais um Lamento, Essência, Tributo a Martin Luther King (gravado pelo pai, Wilson Simonal no fim dos anos 60), Rei de Maio, com as "antigas" Bebete Vambora, Vou Buscar e Aquele Gol, entre outras. O sonoridade suingada é o forte do trabalho de Wilson Simoninha. No CD Sambaland Club, presta reverência ao samba, agregando ao ritmo soul, samba-jazz, funk, groove, programações eletrônicas e rock anos 80. Para ele, este segundo trabalho deixa mais nítida sua personalidade ligada ao samba e ao soul. Entre novidades planejadas para as apresentações, Simoninha só revela que dará novos arranjos às canções, que mostrará o inédito samba-rock Lá Vem o Homem (que não é encontrado em seus álbuns, mas já vem sendo interpretado por ele desde a turnê européia) e mais nada. "Será surpresa", diz. A banda que o acompanha receberá o reforço de instrumentos de metais. "Esses instrumentos enriquecem os arranjos, mas não é sempre que eu os levo. É complicado por causa dos custos", acredita ele, que seguirá a banda tocando violão. Ao seu lado, estarão os músicos Tadeu Dias (na guitarra), Daniel (na bateria), Robinho (no baixo), Marcelo Maita (no piano), Márcio Forte (na percussão), Marin Meire (no trombone), Ubaldo Versolatto (no sax alto), Carlos Alberto D´Alcântara (no sax tenor) e Dorival Junior e Jericó (trompete). Não será um espetáculo com superprodução de cenário nem de iluminação. Também não será uma apresentação longa (não deve passar de uma hora e 20 minutos de duração). Tampouco estão sendo esperados convidados especiais. O que não impede, de acordo com o próprio Simoninha, de que um amigo presente na platéia queira dar uma canja no improviso. No roteiro de shows de Sambaland Club, o compositor prevê ainda uma passadinha pela Europa. "Voltarei para fazer o lançamento por lá, num show parecido com o que fiz no ano passado. Fomos bem recebidos e há expectativas em torno do disco." Para este ano, ele planeja gravar novo álbum. Apenas planeja. Não existem garantias, exceto de que será um ano repleto de produções. "Para mim e minha geração, é importante estar fazendo coisas novas", comenta. "Podemos resgatar antigos artistas, mas temos obrigação de produzir novidades." Wilson Simoninha. Amanhã, quinta-feira e sexta-feira, às 21 horas. De R$ 5,00 a R$ 15,00. Teatro Sesc Vila Mariana. Rua Pelotas, 141, em São Paulo, tel. (11) 5080-3000.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.