O rock neogótico do Evanescence invade São Paulo

Grupo liderado por Amy Lee se apresenta neste sábado no Parque Antártica

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Por Agencia Estado
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É hora de sofrer. Sábado é o dia do show paulista do grupo americano Evanescence, de rock neogótico. Garotos de roupas pretas, com lápis borrado nos olhos e luvinhas com os dedos cortados estão acampados desde domingo no local do show, o Parque Antártica, o que sugere que essa banda abriga uma espécie de seita musical em seu entorno. Ouvindo canções com títulos como Torniquete, Lacrimosa, Doce Sacrifício e O Peso do Mundo, cantadas na voz de soprano dramaticíssima e no overacting de gestos da cantora Amy Lee, compreende-se imediatamente esse culto. Amy Lee, americana de 25 anos de roupas vitorianas e corpetes justos, conseguiu uma proeza no mundo fonográfico: vendeu mais de 18 milhões de cópias de seu disco de estréia, Fallen, em 2004. O álbum ainda lhe valeu dois prêmios Grammy e projetou o grupo em todo o planeta. Baladas sofridérrimas, guitarras de heavy metal, visual de arrepiar sacerdotes puritanos, gritos de autoflagelação e saiotes de tule: a fórmula foi copiada à exaustão por meninas do mundo inteiro. Amar ou detestar É amar ou detestar. Os que detestam dizem que Amy Lee é uma versão gótico-alternativa de Mariah Carey. Os que a amam vêem semelhanças de seu estilo e repertório com Tori Amos. Mas, goste-se ou não, é preciso admitir que ela sabe cantar, e tem domínio do piano. A turnê do Evanescence pelo Brasil começou na terça em Porto Alegre, no Gigantinho, com público de 7 mil pessoas. Na quinta, esteve na Pedreira Paulo Leminski, em Curitiba. Em entrevista ao Estado no início deste mês, Amy Lee dizia que vive um momento especial em sua vida: está noiva de Josh, com quem pretende passar o resto da vida, e o prestígio conquistado com o disco de estréia lhe permitiu o luxo de fazer escolhas artísticas e profissionais, sem concessões. ?Mas não acredito que possamos repetir aquele sucesso. É algo que acontece uma vez na vida. O que tentamos agora é manter a coerência e não se afastar daqueles princípios que nos fizeram optar por uma carreira na música?, afirmou. Nascida Amy Lynn Lee em Riverside, na Califórnia, em 13 de dezembro de 1981 (sintomaticamente, num dia 13), filha da dona de casa Sarah Cargill e de John Lee, um disc-jóquei, Amy tem três irmãos. Ela cresceu em Little Rock, Arkansas, onde conheceu o parceiro com quem iniciou a banda, o guitarista Ben Moody, que deixou o grupo em 2003 alegando ?diferenças criativas?. Segundo o repertório que o grupo apresentou em Porto Alegre, é possível ver que Amy Lee intercala generosamente as músicas do disco novo, The Open Door, com as antigas. Toca 9 das 13 canções do novo álbum, e mais 7 músicas das antigas. Roteiro do show: um banquete para os acampados: 1. Sweet Sacrifice 2. Weight of the World 3. Going under 4. The only One 5. Lithium 6. Good Enough 7. Haunted 8. Tourniquet 9. Call me When You´e Sober 10. Imaginary 11. Bring me to Life 12. Whisper 13. All That I?m Living for 14. Lacrymosa 15. My Immortal 16. Your Star.

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