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O cantor Belo é condenado a oito anos de prisão

A decisão da 8.ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça (TJ) do Rio foi unânime. O pagodeiro Marcelo Pires Vieira foi condenado a oito anos de prisão

Por Agencia Estado
Atualização:

O cantor de pagode Marcelo Pires Vieira, o Belo, foi condenado hoje a oito anos de prisão, em regime fechado, por tráfico de drogas e associação para o tráfico. A decisão da 8.ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça (TJ) do Rio foi unânime. À noite, o mandado de prisão do pagodeiro já havia sido protocolado na Polinter e a polícia estava à procura do pagodeiro. Até às 21 horas, ele não tinha se apresentado. O cantor Belo ainda pode recorrer ao Superior Tribunal de Justiça ou ao Supremo Tribunal Federal, informou o TJ. Os desembargadores votaram seguindo o relator, Flávio Magalhães. Eles reformaram a sentença da juíza Rute Lins Viana, da 34.ª Vara Criminal, que em dezembro de 2002 condenara Belo a seis anos de prisão. Na ocasião, ele também obteve o direito de aguardar em liberdade o julgamento do recurso apresentado pelo Ministério Público. Hoje, foi a segunda vez que o recurso do Ministério Público foi julgado. O primeiro julgamento ocorreu em fevereiro, mas acabou anulado por decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ). Os problemas de Belo com a Justiça começaram em abril de 2001, quando foram divulgadas conversas telefônicas entre o pagodeiro e o traficante da Favela do Jacarezinho Valdir Ferreira, o Vado. Os diálogos foram gravados pela polícia com autorização judicial. A investigação que incriminou Belo tinha como alvo o tráfico de drogas naquela comunidade. Nas conversas, segundo a polícia, Belo negociava a compra de armas e de drogas. Inicialmente, o pagodeiro negou que a voz fosse dele, mas um laudo do perito Ricardo Molina, da Unicamp, o desmentiu. Belo ficou preso, preventivamente, de 6 de junho a 12 de julho de 2001, na carceragem da Divisão Anti-Seqüestro da Polícia Civil. Ele foi solto graças a um habeas corpus. Na sessão de hoje, a Justiça condenou também Antonio Carlos Ferreira Gabriel, o Rumba, líder comunitário da Favela do Jacarezinho. No julgamento de 2002, Rumba havia sido absolvido por falta de provas.

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