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Nova formação dos Titãs abre Palco Mundo na pressão

Com três integrantes originais e 35 anos de estrada, banda mostra atualidade frente ao cenário político

Por Roberta Pennafort
Atualização:

RIO - Lugar Nenhum, Diversão, AA UU, Televisão, Sonífera Ilha, Cabeça Dinossauro, Homem Primata, Epitáfio, Flores, Bichos Escrotos... Um setlist para levar ao delírio qualquer fã dos Titãs – e fazer cantar praticamente todo brasileiro urbano de 20 e poucos a 50 e poucos anos que tenha crescido com uma TV ligada em casa. 

Titãs, única atração nacional no Palco Mundo, abre os trabalhos com pegada roqueira Foto: Wilton Júnior/Estadão

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Aos 35 anos de carreira, a banda paulistana, com três de seus integrantes originais – Branco Mello, Sergio Britto e Tony Belloto, aos quais se juntam na formação atual Beto Lee, na guitarra, e Mário Fabre, na bateria – abriu o Palco Mundo mostrando que seu repertório não envelhecerá enquanto o Brasil não mudar.

O público cantou tudo. Mesmo as três músicas inéditas da noite, Doze Flores Amarelas, Me Estupre e A Festa, parte da ópera-rock a ser lançada pela banda em 2018, com Marcelo Rubens Paiva e Hugo Possolo, tiveram atenção. "Parece que a gente está tocando para pouca gente, íntima, que entende o que a gente quer dizer", disse Britto, entre elas. 

O show teve um forte tom de indignação com a política, os abusos de autoridade e as violências nossas do dia-a-dia, suscitado pelas letras de Aluga-se, Desordem, Polícia e Vossa Excelência, que fechou a noite. "Nossa homenagem à nossa classe política e a algumas das maiores fortunas do nosso Brasil varonil", zombou Britto. "Todos nós merecemos muitíssimo mais".

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