18 de janeiro de 2013 | 18h53
"O povo malinês olha para nós", disse em nota o cantor Fatoumata Diawara, organizador do projeto. "Ele perdeu a esperança na política. Mas a música sempre trouxe esperança para o Mali."
O Mali tem uma rica tradição musical e muitos dos seus artistas são conhecidos no circuito internacional. A dupla Amadou e Mariam já vendeu milhões de discos no mundo todo.
Mas, quando militantes islâmicos tomaram no ano passado o norte do país, eles proibiram qualquer forma de música que não sejam versos corânicos, perseguiram músicos e destruíram instrumentos e aparelhos de som.
O conflito se intensificou nos últimos dias com a intervenção de forças francesas e africanas que contiveram o avanço dos rebeldes rumo à capital, Bamako.
O grupo Vozes Unidas do Mali inclui ainda Oumou Sangare, Bassekou Kouyate e Djelimadi Tounkara, entre outros.
A letra da canção "Mali-ko (Peace/La Paix)", em francês, alude diretamente à situação no norte: "Tanta catástrofe, tanta desolação. Querem nos impor a sharia . Diga ao Norte que o nosso Mali é uma só nação, indivisível!"
(Reportagem de Angus MacSwan)
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