Músico e compositor baiano Letieres Leite morre, aos 61 anos

Uma das cabeças mais criativas e inspiradoras de seu tempo comandava o Instituto e Orquestra Rumpilezz; causa da morte ainda não foi divulgada

PUBLICIDADE

Foto do author Redação
Por Redação
Atualização:

O músico baiano Letieres Leite, um dos mais criativos e inspiradores artistas de seu tempo, morreu nesta quarta-feira, dia 27. A causa da morte ainda não havia sido anunciada até a tarde do mesmo dia. Letieres tinha 61 anos, era arranjador, compositor, instrumentista, debatia a música brasileira com um conhecimento científico e sensível e comandava o Instituto e a Orquestra Rumpilezz, na Bahia. 

Letieres Leite em Botafogo, na zona sul do Rio Foto: WILTON JUNIOR / ESTADÃO

PUBLICIDADE

Sua partida devastou duas áreas que o conheciam muito bem: a música pop baiana e a música instrumental brasileira. Ivete Sangalo, que o teve em seu conjunto por 12 anos, escreveu em suas redes sociais: “Só aprendi coisas maravilhosas convivendo com você. A Deusa música nos uniu e me presenteou com essa alma linda que é a sua. Estou triste por sua partida. Não esquecerei jamais as inúmeras contribuições à música e à minha carreira, pois o seu talento é poderoso demais. Nossas viagens e nossos segredos. Te amo maestro, por tudo e por nossa amizade eterna. Siga em paz.” Ed Motta escreveu o seguinte: “Você imenso, a natureza te recebe com todos os louvores que você plantou. Você é um capítulo único na música do MUNDO. Uma bênção ser seu amigo, e me sinto ainda mais protegido por você. Descansa na sua sabedoria eterna”.

Por seus 30 anos de carreira, Letieres se aproximou da música de forma autodidata, ainda adolescente. A partir de 1985, viveu na Áustria e estudou no Franz Schubert Konservatorium, em Viena. Foi quando conheceu músicos europeus renomados e participou de vários festivais na Europa e também do Brasil. Tocou com Gil Goldstein, Paulo Moura, Alfredo de La Fé, Raul de Souza, Márcio Montarroyos, Hermeto Pascoal e Gilberto Gil. Dos seus muitos trabalhos inestimáveis, fica a interpretação feita nos palcos a partir de 2017, em um projeto originado pelo jornalista Ramiro Zwetsch, para o álbum Coisas, que Moacir Santos lançou em 1965.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.