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Música clássica italiana entra em greve

Decreto assinado pelo governo muda os critérios de atribuição dos subsídios estatais às artes cênicas

Por Efe
Atualização:

O mundo da música clássica na Itália começou uma greve em resposta a um decreto assinado nesta sexta-feira pelo presidente Giorgio Napolitano, que afeta as óperas e concertos mais importantes previstos para as próximas semanas no país.

 

O decreto prevê a reforma das quatorze fundações líricas às quais o Estado destinava 240 milhões de euros (aproximadamente US$ 319 milhões) por ano.

 

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Os funcionários das instituições criticam artigos do decreto que mudam os critérios de atribuição dos subsídios estatais às artes cênicas, que podem representar uma perda salarial de 10 a 20%.

 

O texto estabelece novos critérios para a "racionalização da organização e o funcionamento (das fundações) sobre a base dos princípios de eficiência, gestão correta e espírito empresarial" e será transformado em lei em 60 dias.

 

Foram canceladas as óperas "Donna senz'ombra", em Florença, e o "Barbeiro de Sevilla" em Turim, que aconteceriam neste domingo.

 

Na segunda-feira, não acontecerá o concerto de Santa Cecilia, em Roma. Na quinta, dia 6, o concerto sinfônico em Gênova também foi cancelado, assim como a ópera "Carmen", no dia 11 de maio, em

 

Bolonha, e "L'Oro del Reno" previsto para 13 de maio em Milão, destacam as páginas dos teatros na internet. No dia 17 de maio, segunda-feira, acontecerão manifestações das quatorze fundações em toda a Itália para protestar contra o decreto.

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