Morumbi se prepara para receber Roger Waters

Apresentação na zona sul de SP deve reunir neste sábado cerca de 40 mil fãs do compositor, baixista e cantor da antológica banda inglesa Pink Floyd

PUBLICIDADE

Por Agencia Estado
Atualização:

Os portões do Estádio do Morumbi, na zona sul de São Paulo, foram abertos para os fãs do compositor, baixista e cantor da antológica banda inglesa Pink Floyd, Roger Waters, por volta das 17 horas. A apresentação do disco Dark Side of The Moon, o terceiro mais vendido de todos os tempos, promete atrair uma multidão de 40 mil pessoas. A fila heterogênea - recheada de adultos, jovens, moças e com algumas crianças - andou bem e transcorreu sem incidentes. O show está previsto para começar às 21 horas com In The Flesh. "Essa banda não é a minha predileta, é a minha vida", disse um emocionado fã de Waters, Jonas Lobo, de 22 anos. Se para muita gente foi uma surpresa a vinda do músico ao País este ano, para o estudante de um conservatório de música era uma ´certeza´. "Conheci o Pink Floyd em 1996 e desde 1998 venho tendo sonhos com a banda. Até que um dia sonhei que eles vinham para o Brasil este ano. Todo mundo me chamou de louco, mas aí estão eles", contou. E arriscou um novo presságio. "Daqui a 2 anos, o Pink Floyd com sua formação original vem pro Brasil". Com lágrimas nos olhos, Lobo, o primeiro da fila que se formou em um dos portões de acesso ao gramado, diz que mal pode esperar para assistir ao show e conferir a música Leaving Beirut, uma das mais recentes composições de Waters, feita em 2004. "Minha preferida é Wish You Were Here . Da uma paz de espírito", disse Jackson Santiago, de 27 anos que, junto com o amigo, Daniel da Silva, de 25 anos, chegou no estádio às 11 horas, mas cedeu o primeiro lugar a Lobo, que chegou às 16 horas porque foi até o Aeroporto de Congonhas acompanhar a chegada do grupo, vindo do Rio, a São Paulo. Influências Difícil explicar porque jovens de 20 anos vão em massa ao Morumbi conferir o mitológico álbum de 1973 do Pink Floyd, que se desintegrou no década de 80. Mas que lotam, lotam. Muitas vezes, os grande culpados por isso são os pais, irmãos mais velhos, bastante citados por rapazes da fila. Ricardo Oliveira e Silva, de 41 anos, comprou ingressos na cadeia superior azul para ver a apresentação de Waters ao lado do filho, o estudante Ramon, de 17 anos. "Eu sou fã dos caras desde moleque, como ele. Algum divergência?" "Meu preferido é o Roger Waters, já o dele, o David Gilmour", revelou Ricardo. Ramon não chegou a ver os dois astros unidos na banda, mas diz compreender a situação. "Esses conflitos são normais. Já é difícil conviver com parente, ainda mais com amigos". O estudante Pedro Contrucci, de 21 anos, que garantiu o ingresso na cadeira numerada azul logo que o show de Water foi anunciado, vai finalmente ver de perto o ídolo. " Tem banda que oferece no shows, aquilo que você ouve no CD. E tem bandas como o Pink Floyd que fazem um verdadeiro espetáculo". Para Contrucci, um dos diferenciais de Dark Side of the Moon é unir um som sofisticado com letas que falam sobre temas universais, como Shine on you crazy diamond. Waters apresentou-se na sexta-feira, 23, para cerca de 45 mil pessoas na Praça da Apoteose, no Rio, show que a capital paulista irá assistir na noite deste sábado. Trânsito O trânsito estava bastante complicado por volta das 20 horas nas proximidades do Estádio do Morumbi, onde será realizado às 21 horas o show do baixista Roger Waters, ex-integrante do Pink Floyd. Segundo a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), a situação mais complicada ocorria na Avenida Morumbi, no sentido do Palácio dos Bandeirantes. Neste ponto, o motorista encontrava dificuldades desde a saída da ponte do Morumbi. Ainda de acordo com a CET, outro ponto crítico estava na avenida Engenheiro Oscar Americano, onde o trânsito estava carregado desde a saída do túnel Jânio Quadros. A recomendação da CET para os motoristas era seguir a orientação com relação a estacionamento. Eles não devem parar em fila dupla, nem em local proibido. Colaborou Pedro Henrique França

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.