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Morre no Rio o pianista Luiz Carlos Vinhas

Por Agencia Estado
Atualização:

O pianista Luiz Carlos Vinhas, de 61 anos, morreu hoje, às 10h12m, em conseqüência de uma parada cardio-respiratória. Vinhas estava internado no Centro de Tratamento Intensivo (CTI) do Hospital Samaritano, em Botafogo, zona sul, desde sábado, após ter sofrido uma parada cardíaca que acabou provocando morte cerebral, diagnosticada ainda ontem. Um dos pioneiros da Bossa Nova, Vinhas tinha um filho, André, de 36 anos, e estava casado havia dez anos com Maria Madalena Yazbeck, de 47 anos. Até o final da manhã de hoje, a família ainda não havia definido o horário nem o local do sepultamento. Luiz Carlos Vinhas se internou no último sábado, na Clínica Interplástica, em Botafogo, zona sul, para a correção de três hérnias - abdominal, inguinal e umbilical. Ele ainda aproveitou para retirar gordura do pecoço e rugas na região dos olhos. A operação, realizada pelo cirurgião plástico Farid Hakme, durou das 10h às 16h. O pianista recebeu uma anestesia peridural e uma local, na região dos olhos. Às 17h ele foi levado para o quarto e estava consciente. Cerca de duas horas depois, porém, Vinhas sofreu uma parada cardíaca e foi transferido para o Hospital Samaritano, onde entrou em coma. Na segunda-feira foi detectada a morte cerebral do músico. Segundo o cirurgião plástico que operou o artista, Vinhas havia parado de beber e de fumar há um ano e seu estado de saúde era bom. A Clínica Interplástica divulgou uma nota sobre o acidente que ocorrera com o paciente. Os médicos acreditam, de acordo com a nota, que o fígado do compositor não conseguiu metabolizar os anestésicos de forma eficiente no pós-operatório o que fez com que a medicação voltasse a circular no organismo, levando a dificuldades respiratórias. Pioneiro - Um dos precursores da Bossa Nova, o pianista fez sucesso nos anos 60 com o trio Bossa Três. Passou os anos 70 e 80 fora do País, voltando na década de 90. Seu último disco, Wanda Sá e Bossa Três - A Música Brasileira no Japão foi lançado em janeiro deste ano, com regravações de clássicos como Errinho à Toa, Canção que Morre no Ar, Foi a Noite, Fotografia e Estrada do Sol.

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