
23 de janeiro de 2021 | 19h16
O trombonista e compositor de jazz sul-africano Jonas Gwangwa, cuja música impulsionou a luta anti-apartheid, morreu neste sábado, aos 83 anos, segundo a presidência do país. O presidente Cyril Ramaphosa conduziu as homanagens ao legendário músico que foi indicado ao Oscar pela trilha sonora do filme Cry Freedom, de 1987.
"Um gigante do nosso movimento cultural revolucionário e da nossa democrática indústria criativa foi chamado para descansar", disse Ramaphosa. “O trombone que estrondeava com ousadia e bravura, e igualmente aquecia nossos corações com a melodia suave, perdeu sua força vital”, acrescentou o presidente.
Ainda não há informações detalhadas sobre como ou onde Gwangwa morreu.
Ele morreu no terceiro aniversário de morte do "pai do jazz sul-africano" Hugh Masekela e no segundo aniversário de morte da lenda musical zimbabuense Oliver Mtukudzi. 23 de janeiro tornou-se "o dia em que a música morreu", de acordo com os meios de comunicação sul-africanos e outros veículos de mídia.
Gwangwa nasceu em outubro de 1937 em Soweto e teve uma carreira que durou 40 anos.
"Ele encantou o público em Sophiatown até que a reunião de negros tornou-se ilegal e músicos sul-africanos foram presos apenas por praticar seu ofício", disse o comunicado da presidência.
Em 2010, ele foi homenageado com a Ordem de Ikhamanga, o maior prêmio nacional da África do Sul por realizações na arte e na cultura. A premiação reconheceu o seu trabalho como compositor, arranjador e diretor musical do Amanda Cultural Ensemble, grupo cultural formado por ativistas do Congresso Nacional Africano na década de 1970.
Encontrou algum erro? Entre em contato
Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.