Moby centraliza atenções com disco, festival e casa de chá

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Por Agencia Estado
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O novo disco do Moby ainda nem foi lançado, e ele já está no topo da lista dos mais vendidos da Amazon.com e da parada de dance music da Inglaterra, com o single We Are All Made of Stars. O produtor, que está fazendo uma turnê promocional pela Euorpa, acaba de anunciar os detalhes da Area: Two, seu festival itinerante de verão, que vai passar por 12 cidades americanas, e ganha cada vez mais atenção com seu próprio programa no segundo canal da MTV nos Estados Unidos. Moby é um dos melhores exemplos de como o sucesso pode ser usado para o financiamento de atividades criativas e diversificadas. Conhecido pelos fãs de música eletrônica e pela geração club desde o hit Go, de 1991, Moby explodiu em todo o mundo com o ótimo disco Play, de 1999. O trabalho rendeu uma turnê de quase dois anos, um excelente DVD dos shows e muito dinheiro para o artista - que vendeu os direitos de todas as faixas do álbum para usos comerciais. Em um equilíbrio inédito de popularidade e credibilidade do mundo underground, Moby organizou, no ano passado, o Area: One, que misturou nomes como New Order, Nelly Furtado e The Roots. O evento foi um sucesso e ele passou a apresentar o Señor Moby Music House, um programa de clipes na MTV2, em que usa uma câmera de vídeo para gravar a si mesmo - e programa vídeos que normalmente não entrariam na grade do canal. Às vésperas do lançamento de 18, que chega às lojas internacionais em duas semanas, ele retoma suas atividades nas artes gráficas e lança uma série de "video blips" - animações inspiradas em cada uma das faixas do álbum, postadas diariamente no web site oficial dele, no endereço www.moby.com. Pelos trechos escolhidos, 18 tem tudo para repetir o sucesso de Play, com faixas eletrônicas recheadas de vocais e inspiração soul. Moby mais uma vez mostra sua ligação com o mundo das artes ao inspirar o clipe de We Are All Made of Stars no trabalho do fotógrafo Philip-Lorca diCorcia. Dirigido por Joseph Kahn, o vídeo tem participações dos atores anões Vernon Troyer, o Mini-Me de Austin Powers, e Gary Coleman, além de Dave Navarro e Tommy Lee. Para o Area: Two, ele conseguiu agendar a participação de David Bowie, com quem colaborou recentemente. Serão três semanas de shows, começando em 28 de julho no estado da Virgínia, com atrações como Busta Rhymes, o grupo australiano The Avalanches e os DJs John Digweed, Tiesto, Dan e Tim Skinner. "Procuramos artistas que têm discos interessantes, mas que também conseguem fazer shows emocionantes", disse Moby à MTV americana. "Há muitas bandas que têm músicas boas, mas que fazem apresentações chatas." Outro negócio paralelo de Moby é bem mais discreto: ele está abrindo uma casa de chás em Nova York, onde mora e trabalha. "Este é um projeto que eu tinha há vários anos", disse o músico à imprensa inglesa. Ele acha que este é o momento certo para o projeto, já que a bebida tem uma nova onda de popularidade na cidade. Moby também vai estar, nas próximas semanas, envolvido em uma controvérsia: Eminem, que lança no início de julho o disco The Eminem Show, resolveu agredir o produtor em uma música, porque ele havia criticado suas letras homofóbicas e misóginas. O rapper diz que Moby, que está com 36 anos, é "muito velho" para saber o que os jovens querem ouvir e que "ninguém escuta techno". Ele respondeu, no diário em que mantém em seu web site oficial, que não vai falar mal de Eminem. "Mas acho que quando você tem uma base de fãs formada por meninos de dez anos deveria ser mais responsável."

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