Miss Kittin lança CD e faz show no Brasil

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Por Agencia Estado
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Ela ficou famosa no mundo da música eletrônica por conta de uma faixa em que gargalha depois de dizer que Frank Sinatra morreu. Mas a francesa Miss Kittin mostra que é mais do que uma one-hit-wonder e garante lugar no primeiro time dos DJs internacionais, ganhando o respeito de nomes de peso do fechado círculo da electronica. Ela acaba de lançar o disco First Album, com o colaborador de longa-data conhecido como The Hacker, e já tem datas confirmadas no Brasil no fim do ano, incluindo uma festa de ano-novo no Rio de Janeiro. Miss Kittin, cujo nome verdadeiro é Caroline Herve, começou a trabalhar como DJ há dez anos, passando temporadas em várias cidades européias, como Grenoble e Genebra. Em 1997, foi trabalhar com Michael Amato, que mais tarde adotou o nome de The Hacker, e os dois gravaram, em esquema caseiro, a faixa Frank Sinatra. Na época, eu achava que ele estava morto, depois é que alguém veio me dizer que ele ainda estava vivo, disse Kittin em entrevista à Planet Pop, em Nova York. A faixa foi incluída em um EP chamado Champagne e virou hit nas pistas internacionais, ajudando a mídia e o público a entender a onda de electro que começava a vir à tona graças ao selo alemão International DeeJay Gigolo Records, do DJ Hell. Desde então, ela gravou faixas com Felix Da Housecat e Goldenboy e produziu o primeiro disco com The Hacker, de onde saíram faixas como 1982. O resultado, para mim, não é muito importante, diz ela. O que eu gosto é da convivência, da diversão dentro do estúdio. Trabalhar com cada um deles é uma experiência diferente. A sonoridade das faixas de Miss Kittin aponta principalmente para o electro e a new wave que começam a tomar conta da cena internacional, mas os sets que ela toca quando está atrás das picapes têm pouco a ver com essas tendências. Não gosto de levar muitos discos em viagens, então procuro carregar um pouco de cada coisa, conta a DJ, que está atualmente fazendo uma turnê pelos Estados Unidos. Quem quiser ouvir os hits dela, no entanto, pode ficar desapontado, já que ela não gosta de tocar as próprias músicas. Prefiro tocar coisas de outros DJs. Em geral, ela apenas inclui algumas bases próprias e faz interferências vocais, mas nada de Frank Sinatra. Eu sei que no Brasil as pessoas vão estar esperando que eu toque os sucessos, então talvez eu inclua um ou outro.

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