Milhares homenageiam ídolo do rock francês Johnny Hallyday em Paris

Cerimônia fúnebre do astro da música que morreu na quarta, 6, aos 74 anos, foi acompanhada por estrelas e políticos franceses

PUBLICIDADE

Por Geert De Clercq
Atualização:

PARIS - Milhares de pessoas foram às ruas de Paris no sábado, 9, enquanto um comboio de 700 motocicletas Harley Davidson levava o caixão branco com o corpo do roqueiro francês Johnny Hallyday para uma cerimônia fúnebre acompanhada por estrelas e políticos franceses.

O cantor francês Johnny Hallyday em 2011 Foto: Charles Platiau/Reuters

PUBLICIDADE

O cortejo fúnebre de Hallyday percorreu a famosa avenida Champs Elysees, do Arco do Triunfo até a Praça da Concórdia, em uma rara homenagem geralmente reservada a estadistas estrangeiros no Dia Nacional, em 14 de julho.

+++Roger Waters brinca sobre usar imagem de Michel Temer nos shows no Brasil: 'Vou deixar anotado'

Enquanto a sua banda tocava versões instrumentais de seus maiores sucessos, os fãs entoavam as letras, muitos vestidos com jaquetas de couro e carregando fotos de Hallyday, um entusiasta das motos Harley Davidson, que morreu de câncer no pulmão na quarta-feira, dia 6, aos 74 anos.

Em grande parte desconhecido no exterior, Hallyday era um nome familiar na França, onde tinha dezenas de milhões de fãs e vendeu mais discos do que qualquer outro cantor em uma carreira que abrange cinco décadas.

“O Elvis francês”, como era conhecido, fez carreira com versões francesas de músicas norte-americanas de rock e pop, incluindo House of the Rising Sun, que muitos franceses só conhecem como Le Pénitencier, um dos seus maiores sucessos.

Sua morte na quarta-feira provocou dias de luto nacional, com emissoras dedicando todo a cobertura à vida do roqueiro, com transmissão de filmes e canções que traçam história de um homem considerado por muitos, não fãs incluídos, como parte do patrimônio nacional francês.

Publicidade

Em um dia frio e ensolarado, mais de 1.500 policiais isolaram o centro de Paris em uma das maiores cerimônias funerárias desde a morte da cantora Edith Piaf, em 1963.

O presidente Emmanuel Macron fez uma homenagem ao cantor na Igreja La Madeleine em uma cerimônia em que participaram seus antecessores, François Hollande e Nicolas Sarkozy, além de vários ministros do governo e estrelas da cultura pop francesa.

Hallyday vendeu mais de 100 milhões de álbuns, principalmente no mundo francófono, e atraiu grandes multidões em suas apresentações. Mais de 750 mil pessoas participaram de um concerto gratuito que ele fez perto na Torre Eiffel no feriado em celebração à queda da Bastilha, em 2009.

Tudo Sobre
Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.