Michael Jakson admite ter pago para evitar processos

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Por Agencia Estado
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Para evitar passar por um constrangimento público, Michael Jackson admitiu que já pagou a pessoas que ameaçavam entrar na Justiça contra ele por abuso sexual de crianças. O cantor disse que deu dinheiro a "certas pessoas que queriam explorar minha preocupação com crianças". A declaração foi feita horas antes de ir ao ar numa emissora de tevê americana uma reportagem que mostrava que o popstar havia pagado US$ 2 milhões (cerca de R$ 6 milhões) ao filho de 12 anos de um de seus empregados para fugir da acusação de assédio a menores. Jackson disse que queria responder a "mentiras e sensasionalismo". "Anos atrás, fiz um acordo com certas pessoas porque estava preocupado com a minha família e a especulação da mídia, com o que aconteceria se o assunto fosse parar num tribunal. Essas pessoas queriam explorar a minha preocupação com crianças ao ameaçar destruir o que eu acredito e o que faço. Sou um alvo vulnerável para aqueles que querem dinheiro", afirmou o astro. Em 1993, o cantor deu US$ 23 milhões para que não fosse processado por abuso sexual. Jackson, que sempre se disse inocente, pagou US$ 15 milhões para um menino (agora com 24 anos) e US$ 8 milhões para seus pais e advogados. "Ninguém pode impedir que hoje a Justiça chame os envolvidos naquele caso para depor sobre os atuais processos contra Jackson", disse Jean Rosenbluth, um especialista em leis da Universidade da Califórnia. Atualmente Jackson responde a nove acusações de assédio a menores e duas por extorsão e tentativa de seqüestro. O cantor entrou com pedido para diminuir a fiança de US$ 3 milhões que ele pagou para responder ao processo em liberdade. Na semana passada, o juiz Rodney Melville negou a redução, citando que havia evidências de que Jackson estaria planejando uma fuga para o Brasil. O julgamento de Jackson está previsto para ocorrer em janeiro na Califórnia. Se ele for condenado, pode pegar até 11 anos de cadeia. Ele nega todas as acusações: "Nunca machucaria uma criança".

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