O médico que atendeu o cantor americano Michael Jackson no dia de sua morte, 25 de junho, vai ao tribunal pela primeira vez nesta segunda-feira, 8, para enfrentar acusações de homicídio não premeditado, conforme informou a agência AFP.
O gabinete da Promotoria de Los Angeles confirmou na sexta-feira que seriam apresentadas acusações contra Murray. A Polícia passou cerca de sete meses investigando o caso junto de agentes federais. Fontes judiciais anteciparam que o médico será acusado por homicídio não premeditado.
Murray, que atendeu Jackson antes de o ídolo pop morrer por conta de uma parada cardíaca, inicialmente iria se entregar à Polícia na sexta, antes de uma audiência judicial. A apresentação formal das acusações, porém, sofreu atrasos por conta de um desentendimento das autoridades sobre como Murray seria levado ao tribunal.
O site de notícias de celebridades TMZ, o primeiro a noticiar a morte de Jackson, informou que o médico chegará ao tribunal desacompanhado. Espera-se que Murray se declare inocente perante a corte.
Segundo a lei do estado da Califórnia, o homicídio não premeditado - que causa a morte sem querer, por negligência, descuido ou um delito menor - tem pena máxima de quatro anos de prisão.
Murray, de 56 anos, reconheceu ter dado altas doses do forte anestésico propofol, mas somente após o cantor pedir mais medicamentos por conta de sua insônia. Jackson morreu 20 minutos depois de receber a injeção.