Martinho da Vila investiga os sons da latinidade

Seu novo CD está chegando às lojas esta semana e faz um resumo dos ritmos que o Brasil adora dançar e cantar

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Por Agencia Estado
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Martinho da Vila se pôs a pensar nas origens do português, no latim e idiomas dele derivados e na música que se faz nos países onde são falados. O resultado chega às lojas nesta semana. É o CD Brasilatinidade, abordando os vários lados do tema. Depois de muito tempo, Martinho apresenta músicas inéditas, com parceiros ou sozinho, e faz dueto com outras cantoras. "Já cantei músicas antigas dos outros e minhas, lancei compositores inéditos e agora achei que era hora de mostrar o que venho compondo, sozinho ou com meus parceiros", contou Martinho ao Estado, em sua casa, em Vila Isabel. Ele abre com o partido Quando Essa Onda Passar (sobre um futuro em que será possível passear pelas favelas cariocas), bem na sua praia. Depois vem a chula Dar e Receber, que se torna carioquíssima, mesmo com a participação da cantora lusa Kátia Guerreiro. Se não pela interpretação malemolente de Martinho, pela letra alegre, pouco comum nesse gênero vindo de Portugal. O bolero (outro gênero raro na obra de Martinho) foi outra encomenda. O poeta Hermínio Belo de Carvalho entregou-lhe uma letra para virar música no disco que comemora seus 70 anos (deve sair pela Biscoito Fino) e devolveu Mirra, Ouro, Incenso, canção de amor. Já Um Beijo, Adeus (versão de Prima Dammi um Bacio, de Lucio Dalla) foi trazida pela cantora italiana Mafalda Minnozzi, mas perdeu o tom operístico das canções de amor para virar quase João Gilberto. O mesmo acontece com Feitiço da Vila, numa versão lenta, quase falada. "A Glória Peres pediu um samba meu para o núcleo da novela América, de Vila Isabel, e eu lembrei desse, de Noel e Vadico", lembra Martinho. "Só que há tantas gravações dessa música que eu preferi inventar algo diferente." Em 27 e 28 de maio, ele estréia o show Brasilatinidade no Tom Brasil, gravando também DVD e depois o leva para outros Estados e para a Europa. "Como viajo muito a trabalho, só quero estar em casa quando tenho folga. Mas, se for para ir a um país desconhecido como a Romênia, eu me animo."

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