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Malásia proíbe ida de muçulmanos a show do Black Eyed Peas

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Por Redação
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Muçulmanos que vivem na Malásia foram impedidos de ir a um show do grupo norte-americano de hip hop Black Eyed Peas patrocinado pela cerveja Guinness. Neste ano, uma corte islâmica da Malásia já sentenciou uma mulher muçulmana de 32 anos a chibatadas depois que ela tomou cerveja em um hotel. O partido islâmico de oposição é contra a venda da bebida. O site (www.arthursday.com.my) do show, que é parte das comemorações do aniversário de 250 anos da Guinness, pergunta: "Você é não-muçulmano de 18 anos ou mais?". Se a resposta for não, o acesso não é permitido. Os muçulmanos somam 55 por cento da população de 27 milhões de pessoas do país, que fica no sudeste da Ásia, e são impedidos de consumir álcool --embora as regras sejam regularmente desrespeitadas, especialmente nas grandes cidades como a capital, Kuala Lumpur. A Guinness Anchor, da Malásia, registrou vendas de 1,2 bilhão de ringgit malaios (340,6 milhões de dólares) em 2008. A empresa é pertencente ao maior grupo de bebidas alcoólicas do mundo, a Diageo. Mesmo sem álcool, bandas estrangeiras estão sujeitas a um exame minucioso. No início desta semana, o partido islâmico Pan Malaio (PAS) disse que quer a banda dinamarquesa Michael Learns to Rock seja proibida de se apresentar por causar imoralidade. Desde 2007, o PAS, segundo maior grupo político do país em número de filiados, faz campanhas contra apresentações como as de Beyonce, Rihanna, Gwen Stefani e Avril Lavigne. (Reportagem de David Chance)

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