Maestro Simon Rattle assumirá direção da Orquestra Sinfônica de Londres em 2017

"Esse é o meu último trabalho, esse é o meu último grande trabalho", afirmou o maestro

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Por Michael Roddy
Atualização:
Simon Rattle será o diretor musical da Orquestra Sinfônica de Londres em 2017 Foto: Christophe Simon/ AFP

O maestro Simon Rattle declarou nesta terça-feira, 3, que se tornará diretor musical da Orquestra Sinfônica de Londres (LSO) em setembro de 2017, confirmando um dos maiores segredos que já tinham vindo à tona no campo da música clássica.

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O período de Rattle como maestro principal da Filarmônica de Berlim termina em 2018, enquanto o regente principal da Orquestra Sinfônica de Londres, Valery Gergiev, finaliza seu contrato este ano. Gergiev vai continuar a conduzir a LSO enquanto Rattle começar a atuar durante o intervalo de tempo até assumir o posto.

"Esse é o meu último trabalho, esse é o meu último grande trabalho", afirmou Rattle, de 60 anos, em uma entrevista coletiva. "No momento é um termo contratual normal de cinco anos, com uma possibilidade de prorrogação", afirmou Rattle quando lhe perguntaram sobre os detalhes do compromisso. "Mas é óbvio em todas as nossas mentes que isso é uma coisa a longo prazo."

Ele disse ter sido atraído para a LSO em parte por causa do programa educacional da orquestra e a qualidade dos músicos. "Nós compartilhamos um sonho em que a performance, o ensino e a aprendizagem são indivisíveis, tendo no centro a maior disseminação de nossa arte", disse Rattle.

O britânico também afirmou que gostou da noção de "voltar para casa".

Nascido em Liverpool, Rattle é considerado um dos melhores maestros do mundo. Ele anunciou em janeiro de 2013 que não iria ficar em Berlim depois do término de seu contrato atual, dando origem à perspectiva não tão secreta de que voltaria para a Inglaterra para assumir a LSO, no lugar de Gergiev. Rattle se recusou a especular sobre um possível sucessor em Berlim.

O maestro britânico conquistou reputação como um regente jovem genial após sua graduação na Royal Academy of Music, em Londres, em 1974, onde ganhou um prestigiado concurso de condutores de orquestra.

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De 1980-1998 foi o principal regente da Orquestra Sinfônica da Cidade de Birmingham. Ele se empenhou por um novo espaço para a sinfônica, inaugurado em 1991, e é considerado um dos melhores maestros da Grã-Bretanha.

Sua nomeação em 2002 como maestro principal da Filarmônica de Berlim, geralmente classificada como a melhor do mundo, causou controvérsia, já que parte dos integrantes da orquestra – que escolhe seu regente em uma eleição – votou por Daniel Barenboim.

Alguns críticos alemães não estavam satisfeitos com suas performances, mas em 2008 a orquestra votou por renovar seu contrato por mais dez anos, até 2018. Ele e a orquestra ganharam um Grammy pelo seu desempenho em 2001.

(Reportagem de Jeremy Gaunt)

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